Novo laudo abre brecha para libertar o agressor do atentado, gerando revolta diante do risco de impunidade inédita
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
Sete anos após o atentado que quase tirou a vida de Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018, Adélio Bispo de Oliveira volta a ser avaliado por peritos psiquiátricos a pedido da Justiça Federal. O novo exame — que pode influenciar diretamente sua permanência no sistema prisional de segurança máxima — reacendeu na direita uma forte preocupação: a possibilidade de que o agressor seja gradualmente liberado sob o argumento de tratamento psiquiátrico.
Perícia pode definir o futuro de Adélio
A Justiça exige que medidas de segurança sejam revisadas periodicamente. Com isso, o laudo atual é decisivo para determinar se Adélio:
• Continua em presídio federal,
• Pode ser enviado para hospital psiquiátrico,
• Ou até mesmo ter regime flexibilizado, caso seja considerado “estável”.
Para muitos analistas de direita, este último cenário seria um “escândalo jurídico”, já que o ataque representou um dos crimes políticos mais graves da história democrática brasileira.
Por que a direita vê risco em uma eventual flexibilização
Para setores conservadores, Adélio não cometeu um crime comum — mas um atentado político com repercussão nacional. A suspeita de motivações ideológicas, a falta de esclarecimento sobre eventuais mandantes e a postura controversa durante depoimentos reforçam, segundo críticos, que o agressor ainda representa risco elevado.
Além disso, parlamentares e comentaristas afirmam que qualquer tentativa de suavizar sua custódia seria uma afronta à memória do episódio que mudou o rumo das eleições de 2018 e quase custou a vida de um candidato presidencial.
Condições atuais de custódia
Adélio segue internado na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS), sob rígido regime de isolamento, monitoramento constante e sem contato externo. Ele está ali desde 2018, após ter sido considerado inimputável por transtornos mentais.
Apesar disso, membros da direita argumentam que:
• O presídio federal é o único lugar capaz de garantir segurança total;
• Qualquer transferência para hospital psiquiátrico aconteceria sob condições bem mais brandas;
• A Justiça estaria ignorando o potencial risco de reincidência.
Etapas da nova perícia
A avaliação psiquiátrica atual inclui:
• Análise de comportamento;
• Evolução clínica;
• Tratamento realizado;
• Riscos de violência;
• Capacidade de convívio social.
Depois do laudo, o juiz responsável pela execução da medida decidirá se Adélio permanece em segurança máxima ou se sua situação será alterada.
Não há prazo oficial para a divulgação do documento, aumentando ainda mais a apreensão no meio político.
Caso ainda provoca indignação e desconfiança
O atentado contra Bolsonaro permanece envolto em questionamentos não resolvidos, especialmente sobre:
• Possíveis financiadores do ataque;
• Inconsistências nos depoimentos iniciais;
• Sigilo telefônico e digital que jamais foi totalmente esclarecido;
• Falhas investigativas que deixaram lacunas sem respostas.
Por isso, para lideranças da direita, qualquer possibilidade de flexibilização sem total transparência seria vista como uma mancha grave para o sistema judicial.
O que esperar agora
Com o laudo psiquiátrico em fase final, três caminhos estão na mesa:
1. Manter Adélio na prisão federal – considerado o desfecho mais seguro.
2. Transferi-lo para hospital de custódia – visto como risco pela direita.
3. Flexibilizar o regime – hipótese que poderia gerar forte reação nacional.
Independentemente do resultado, o caso voltará ao debate político e jurídico, reacendendo discussões sobre segurança, garantias judiciais e o impacto que decisões desse tipo têm sobre a confiança da sociedade no sistema de justiça.
Leia mais
Flamengo avança na Copa Intercontinental e garante vaga no Mundial de Clubes
Maduro reaparece em evento público e encerra rumores sobre possível fuga da Venezuela
Chances da Série A: Santos sobe para 61% de permanência e Inter cai ao Z-4 com 57%

Faça um comentário