Brasileiros em Portugal se aproximam do Chega e defendem controle mais rigoroso da imigração

Comunidade conservadora ganha espaço em manifestações do partido, com discurso em defesa da família, da soberania nacional e contra pautas da esquerda

Por Chico Gomes | GNEWSUSA

Em meio ao debate sobre imigração e identidade nacional em Portugal, brasileiros residentes no país têm se aproximado do partido Chega, defendendo políticas mais rígidas de controle migratório, valorização da família e uma agenda conservadora de costumes. O movimento ocorre em um contexto de crescimento da comunidade brasileira e de discussões sobre a capacidade do Estado português de absorver novos fluxos migratórios.

Apoiadores do Chega ocuparam ruas de Lisboa, Braga e outras cidades, exibindo bandeiras e cartazes em defesa de uma imigração mais organizada, com critérios claros e fiscalização rigorosa. Entre eles, brasileiros aparecem em posição de destaque, afirmando que não são contrários à imigração, mas a modelos sem controle, planejamento ou exigências efetivas.

Muitos desses brasileiros se identificam como conservadores e críticos da esquerda que, segundo eles, domina o debate político no Brasil. Em Portugal, veem no Chega um espaço para defender valores como família, responsabilidade individual e limites à atuação do Estado, especialmente na educação moral de crianças e jovens.

Sandra, brasileira que vive há 22 anos em Portugal e se declara conservadora, afirma que o Chega representa pautas com as quais se identifica, sobretudo no campo dos costumes e da defesa da soberania nacional.

O fortalecimento desse discurso ocorre paralelamente ao crescimento da população brasileira no país, hoje a maior comunidade estrangeira em Portugal. O aumento da imigração intensificou debates sobre moradia, mercado de trabalho e pressão sobre serviços públicos, temas que o Chega tem levado ao centro da agenda política.

O partido também estreitou laços com apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro residentes em Portugal, promovendo mobilizações políticas e manifestações públicas. Liderado por André Ventura, ex-seminarista, o Chega aposta em uma comunicação direta, com forte apelo moral e linguagem firme, defendendo uma atuação mais incisiva do Estado contra a imigração irregular e contra pautas associadas à esquerda.

A retórica do partido dialoga com movimentos conservadores internacionais, enfatizando valores tradicionais, crítica ao progressismo e defesa da soberania nacional como pilares centrais de seu projeto político.

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