Relatos citam episódios durante custódia em Roma e geram reação política
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
Declarações do senador Magno Malta (PL-ES) trouxeram novamente ao centro do debate político a situação da ex-deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), atualmente sob custódia do Estado italiano. Segundo o parlamentar, Zambelli teria sido alvo de agressões dentro do presídio feminino Germana Stefanini, localizado no norte de Roma, durante o período em que esteve detida.
O relato foi feito publicamente durante um culto evangélico, evento no qual Malta classificou o caso como mais um exemplo de perseguição política contra representantes da direita brasileira. De acordo com ele, as agressões teriam ocorrido mais de uma vez e teriam sido praticadas por outras detentas, em um ambiente de hostilidade após a identificação da ex-parlamentar como figura política estrangeira.
Posteriormente, a assessoria do senador esclareceu que houve duas agressões, informação que, segundo o gabinete, foi mantida de forma reservada à época por não haver sinais visíveis de lesões e pelo contexto sensível que envolvia a situação jurídica de Zambelli. Ainda assim, aliados consideram o episódio grave e indicativo de falhas na proteção de uma presa estrangeira em solo europeu.
Durante visita realizada meses atrás, uma comitiva de parlamentares brasileiros — entre eles Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Damares Alves (Republicanos-DF), Eduardo Girão (Novo-CE) e Cabo Gilberto (PL-PB) — esteve no presídio para prestar apoio à ex-deputada. Segundo relatos, Zambelli teria demonstrado forte abalo emocional ao reencontrar os aliados, o que reforçou a preocupação com suas condições de custódia.
Após os episódios relatados, a ex-parlamentar foi transferida de cela, medida que, na avaliação de seus apoiadores, confirma que havia risco à sua integridade. Mesmo assim, o caso não gerou manifestações oficiais mais contundentes das autoridades italianas, o que passou a ser questionado por setores conservadores no Brasil.
Zambelli foi detida em Roma em julho de 2025, após condenação pelo Supremo Tribunal Federal a 15 anos de prisão por crimes relacionados à invasão de sistemas institucionais. Para aliados, a condenação faz parte de um processo de judicialização da política, no qual figuras da direita são tratadas como criminosas por suas posições ideológicas.
O episódio amplia o debate sobre liberdade de expressão, garantias individuais e o tratamento dispensado a opositores políticos, tanto no Brasil quanto no exterior. Parlamentares conservadores defendem que o caso seja acompanhado por organismos internacionais e que o governo brasileiro seja cobrado a agir em defesa de uma cidadã que, segundo eles, está sendo punida não por crimes, mas por suas convicções.
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