Esposa de Carlos Jordy denuncia perseguição política após operação da PF

Lais Jordy afirma que ação é “pesca probatória” e acusa uso do Judiciário para intimidar parlamentares de direita

Por Ana Raquel |GNEWSUSA 

A deflagração da Operação Galho Fraco, autorizada pela Justiça, reacendeu o debate sobre a judicialização da política e os limites das investigações envolvendo parlamentares da oposição. Na manhã desta sexta-feira (19), o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) foi alvo de mandado de busca e apreensão em sua residência.

A avaliação crítica partiu de sua esposa, Lais Jordy, que afirmou que a família foi surpreendida pela ação e classificou o episódio como constrangedor no âmbito familiar. Segundo ela, não há fatos concretos que sustentem a suspeita de irregularidades atribuídas ao parlamentar.

Em vídeo publicado em sua conta na rede social X, Lais relatou que o casal foi surpreendido pela Polícia Federal logo nas primeiras horas do dia — justamente na data do aniversário da filha do casal. “Fomos acordados mais uma vez com a Polícia Federal na porta do nosso quarto”, afirmou, lembrando que no mesmo dia, em 2024, assessores do parlamentar já haviam sido alvos da Operação Rent a Car, também relacionada ao uso de cotas parlamentares.

Investigação questionada e acusação de ‘pesca probatória’

A Operação Galho Fraco busca aprofundar investigações sobre supostos desvios de recursos públicos oriundos da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP), especialmente no aluguel de veículos. No entanto, a defesa política e pública do deputado sustenta que não há irregularidade, uma vez que Jordy utiliza a mesma empresa de locação desde o início de seu primeiro mandato, prática comum entre parlamentares e previamente auditada pelos órgãos da Câmara.

Para Lais Jordy, a operação se enquadra no que o próprio ordenamento jurídico brasileiro classifica como “pesca probatória” — prática considerada ilegal, na qual autoridades realizam buscas genéricas sem indícios claros, na tentativa de encontrar algo que justifique a investigação posteriormente.

“Não existe desvio. Existe perseguição”, afirmou.

Judiciário como instrumento político

Em tom contundente, a esposa do deputado acusou o sistema judicial de estar sendo instrumentalizado para calar vozes conservadoras e intimidar a direita. Segundo ela, parlamentares que se opõem ao governo federal e às narrativas da esquerda têm sido alvo recorrente de operações espetaculosas, muitas vezes sem desfecho ou condenações.

“Nunca foi tão fácil identificar o que nós vivemos hoje no nosso país. Temos um Judiciário que é usado como instrumento de perseguição política. Querem silenciar, intimidar a direita e todos aqueles que têm coragem de dizer a verdade”, declarou.

Alvos seletivos e apreensões

Além de Carlos Jordy, a operação também atingiu o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que teve celulares apreendidos durante a ação. No caso de Sóstenes, a PF recolheu R$ 430 mil em dinheiro vivo, valor que, até o momento, não foi formalmente associado a qualquer crime, segundo aliados do parlamentar.

Para integrantes do PL, o episódio reforça a percepção de seletividade institucional, em que figuras ligadas à direita sofrem ações rigorosas, enquanto escândalos envolvendo aliados do governo são tratados com lentidão ou discrição.

Clima de intimidação política

O caso ocorre em um contexto mais amplo de judicialização da política, fenômeno que, segundo críticos, tem corroído o equilíbrio entre os Poderes e criado um ambiente de insegurança para parlamentares de oposição. Para aliados de Jordy, a repetição de operações, especialmente em datas simbólicas e com forte exposição midiática, não é coincidência, mas parte de uma estratégia de desgaste público.

Até o momento, não há denúncia formal, indiciamento ou condenação contra Carlos Jordy. Ainda assim, o impacto político e pessoal da operação já se faz sentir — dentro e fora do Congresso.

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