Europa terá nova exigência migratória para brasileiros a partir de 2026

Autorização ETIAS fará triagem prévia de viajantes e passa a ser obrigatória para entrar no Espaço Schengen

Por Chico Gomes | GNEWSUSA

A partir de 2026, brasileiros que viajarem à Europa por até 90 dias precisarão cumprir uma nova exigência migratória: o ETIASSistema Europeu de Informação e Autorização de Viagem. Embora turistas do Brasil continuem dispensados de visto para estadias curtas, o ETIAS passará a funcionar como uma permissão obrigatória de entrada nos países do Espaço Schengen. A previsão é que a exigência comece a valer no último trimestre do ano, ainda sem data exata.

Entre as nações que adotarão o ETIAS estão Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Grécia, Itália, Polônia, Portugal e Suíça, além de outros membros do bloco europeu.

Totalmente digital, o processo de autorização será feito por meio de um formulário online. As informações fornecidas pelo viajante serão cruzadas com diversos bancos de dados internacionais de segurança, permitindo uma triagem migratória antecipada e reduzindo riscos e filas nos controles de fronteira.

O turista precisará informar dados pessoais, passaporte, itinerário e responder perguntas de segurança. Após o pagamento eletrônico, a permissão será vinculada ao passaporte e verificada automaticamente no controle migratório”, explica Ana Santana, diretora geral das Empresas Schultz, grupo que inclui a consultoria especializada Schultz Vistos.

O ETIAS será exigido para viagens de curta duração — turismo, negócios, trânsito ou tratamento médico — com permanência máxima de 90 dias a cada 180. Para estadias longas, como estudo, trabalho, residência ou intercâmbio estendido, continuarão valendo vistos migratórios específicos, emitidos pelas embaixadas europeias.

Embora o sistema ainda não esteja em vigor, especialistas recomendam atenção ao prazo: pedidos que necessitem de análise manual podem demorar mais. “A sugestão é solicitar o ETIAS com, no mínimo, 30 dias de antecedência para evitar imprevistos”, orienta Santana.

Os motivos mais comuns de recusa deverão incluir inconsistência de informações, pendências de segurança, passaporte vencido ou antecedentes criminais. Em caso de negativa, o viajante poderá corrigir dados, reaplicar ou recorrer às autoridades europeias.

Empresas do setor já estão se adaptando à nova realidade migratória. “Nós já estruturamos uma equipe preparada para orientar o viajante em todas as etapas — do preenchimento do formulário ao acompanhamento da autorização. O objetivo é garantir segurança, tranquilidade e conformidade com as novas regras”, destaca a executiva.

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