Consumo abusivo pode desencadear emergências médicas, agravar doenças crônicas e aumentar acidentes durante o período festivo
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA
As festas de fim de ano, tradicionalmente associadas à celebração e confraternização, também concentram um aumento significativo nos casos de intoxicação alcoólica, acidentes e complicações de saúde relacionadas ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Especialistas alertam que exagerar no álcool durante esse período pode trazer consequências imediatas e duradouras para o organismo, afetando não apenas quem bebe, mas toda a coletividade.
O impacto do álcool no organismo
O álcool é uma substância psicoativa que atua diretamente no sistema nervoso central, alterando funções cognitivas, motoras e emocionais. Em curto prazo, o consumo excessivo pode provocar náuseas, vômitos, desidratação, quedas de pressão, hipoglicemia e perda de consciência. Em casos mais graves, pode levar à intoxicação alcoólica aguda, condição que exige atendimento médico imediato.
Além disso, o álcool sobrecarrega o fígado, órgão responsável por sua metabolização. Durante episódios de ingestão exagerada, o organismo não consegue processar a substância com eficiência, aumentando o risco de inflamações hepáticas e alterações metabólicas.
Riscos ampliados para grupos vulneráveis
Pessoas com doenças crônicas, como diabetes, hipertensão, problemas cardíacos e hepáticos, estão entre as mais vulneráveis aos efeitos do álcool. O consumo abusivo pode interferir na ação de medicamentos, desregular níveis de glicose no sangue e elevar a pressão arterial, aumentando o risco de complicações graves.
Gestantes também devem evitar completamente o consumo de bebidas alcoólicas, uma vez que o álcool atravessa a placenta e pode causar danos irreversíveis ao desenvolvimento do feto.
Álcool, acidentes e violência
Dados de serviços de emergência indicam que, durante feriados prolongados e festas de fim de ano, há aumento nos atendimentos relacionados a acidentes de trânsito, quedas, afogamentos e episódios de violência associados ao consumo de álcool. A redução dos reflexos e da capacidade de julgamento torna situações simples potencialmente perigosas.
Além dos riscos físicos, o abuso do álcool pode intensificar conflitos familiares e sociais, comprometendo o bem-estar emocional em um período que deveria ser marcado pela convivência saudável.
Moderação como escolha consciente
A conscientização não tem como objetivo demonizar o álcool, mas alertar para a importância do consumo responsável. Alternar bebidas alcoólicas com água, alimentar-se adequadamente, estabelecer limites pessoais e respeitar o próprio corpo são medidas simples que reduzem riscos.
Optar por bebidas não alcoólicas, especialmente para quem dirige ou possui restrições médicas, também é uma atitude de cuidado consigo e com o próximo.
Análise em saúde
Por Paloma de Sá, formada em Ciências Biológicas e jornalista da GNEWSUSA:
Do ponto de vista biológico, o álcool não é um elemento inofensivo. Seu consumo excessivo desencadeia respostas inflamatórias, altera o equilíbrio metabólico e compromete funções neurológicas essenciais. Em períodos festivos, o problema não está na celebração, mas na normalização do exagero.
A saúde pública enfrenta, todos os anos, o impacto previsível desse comportamento, refletido em hospitais sobrecarregados e em situações que poderiam ser evitadas com informação e responsabilidade. Beber com moderação é uma escolha individual, mas suas consequências extrapolam o âmbito pessoal.
Festas passam. A saúde fica — ou se perde.
Celebrar com consciência é um ato de cuidado, maturidade e respeito à vida.
A verdadeira comemoração é aquela que termina bem, sem arrependimentos e sem danos à saúde.
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