Havaianas sob controle do Itaú; elite bancária financiou Lula

Discurso antibancos contrasta com doações do sistema financeiro

Por Ana Raquel |GNEWSUSA 

A recente discussão em torno de uma campanha publicitária da Havaianas voltou a expor uma contradição que incomoda setores da direita brasileira: a aproximação entre grandes conglomerados financeiros e projetos políticos de esquerda, historicamente críticos ao mercado, aos bancos e ao capital privado.

Para críticos conservadores, não se trata apenas de marketing ou comunicação institucional, mas de um retrato mais amplo da promiscuidade entre poder econômico, grandes marcas e governos ideologicamente alinhados ao PT, levantando questionamentos sobre coerência, influência política e interesses ocultos.

Itaú e Havaianas: concentração econômica por trás de uma marca popular

Embora seja vendida ao público como um símbolo popular e democrático, a Havaianas está longe de ser uma marca independente. A empresa é controlada pela Alpargatas, cujo comando está nas mãos de um consórcio liderado pela Itaúsa, holding do Itaú Unibanco, ao lado de grupos como Cambuhy Investimentos e Brasil Warrant.

O controle foi assumido em 2017, quando a J&F, dos irmãos Batista, se desfez da companhia para fazer frente a multas bilionárias e consequências judiciais decorrentes de escândalos de corrupção revelados pela Operação Lava Jato. Desde então, a marca passou a integrar definitivamente o portfólio da elite do sistema financeiro brasileiro, distante da imagem simples que vende ao consumidor.

Herdeira ligada ao setor bancário entre grandes doadores de Lula

O debate ganhou força após a divulgação de informações sobre doações eleitorais feitas à campanha de Luiz Inácio Lula da Silva. Registros oficiais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmam que Beatriz Sawaya Botelho Bracher, herdeira de um banco posteriormente incorporado pelo Itaú, esteve entre os maiores doadores individuais do petista em eleições passadas.

Beatriz é filha de Fernão Bracher, fundador do Banco BBA, instituição que acabou absorvida pelo próprio Itaú. Embora atue hoje como escritora e conselheira cultural, seu vínculo direto com o sistema bancário reforça a percepção de que setores do grande capital mantêm relações próximas com lideranças da esquerda, apesar do discurso público do PT contra bancos e empresários.

Contradição exposta: mercado financia quem diz combatê-lo

Para analistas alinhados à direita, o caso evidencia uma contradição central do lulismo: enquanto o discurso político ataca bancos, lucros e “elites”, parte significativa do financiamento e da sustentação institucional vem justamente desses mesmos grupos.

Essa relação levanta dúvidas legítimas sobre isenção regulatória, favorecimentos indiretos, captura do Estado e uso político de grandes marcas, especialmente em um ambiente de forte intervenção governamental, aumento de gastos públicos e pressão sobre o setor produtivo.

Boicote, reação popular e desconfiança crescente

Nas redes sociais, o episódio resultou em movimentos espontâneos de boicote à Havaianas, impulsionados por consumidores que enxergam nas campanhas recentes um viés ideológico incompatível com valores conservadores e liberais.

Para esses grupos, o caso reforça a percepção de que grandes empresas usam pautas políticas como estratégia de posicionamento, ao mesmo tempo em que mantêm relações estreitas com governos de esquerda — o que alimenta desconfiança, rejeição e desgaste de imagem.

Especialistas em marketing afirmam que campanhas nem sempre têm intenção política explícita. Ainda assim, para críticos, quando interesses econômicos, discurso ideológico e poder estatal se cruzam, o questionamento é legítimo.

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