Compartilhamento de dados de passageiros permite atuação mais eficiente das autoridades migratórias nos aeroportos dos Estados Unidos
Por Chico Gomes | GNEWSUSA
O governo do presidente Donald Trump ampliou os mecanismos de cooperação entre agências federais para reforçar o cumprimento das leis de imigração nos Estados Unidos. Um programa, até então pouco divulgado, prevê o compartilhamento regular de listas de passageiros aéreos entre a Administração de Segurança dos Transportes (TSA) e o Serviço de Imigração e Alfândega (ICE).
De acordo com documentos obtidos por veículos da imprensa norte-americana, a TSA fornece várias vezes por semana à ICE os nomes de passageiros que circularão pelos aeroportos do país. As informações são cruzadas com bancos de dados de pessoas que possuem ordens ativas de deportação, permitindo que agentes atuem diretamente nos terminais para efetuar detenções.
Embora o número total de prisões decorrentes da iniciativa não tenha sido oficialmente divulgado, registros indicam que o programa já resultou em ações concretas. Um ex-funcionário do ICE afirmou que, em sua região, cerca de 75% dos casos sinalizados pelo sistema resultaram em prisões, demonstrando a efetividade da medida.
A cooperação entre a segurança aeroportuária e a imigração federal teve início de forma discreta em março e faz parte de uma estratégia mais ampla do governo para fortalecer a aplicação das leis migratórias. O objetivo é garantir que decisões judiciais de deportação sejam efetivamente cumpridas.
Em declaração oficial, a porta-voz do Departamento de Segurança Interna, Tricia McLaughlin, destacou que a política reforça a mensagem de que estrangeiros em situação irregular devem cumprir a legislação vigente e respeitar as decisões das autoridades competentes.
Tradicionalmente, passageiros aéreos já têm seus dados compartilhados com a TSA no momento da compra das passagens. Essas informações são verificadas em bancos de dados federais de segurança nacional, incluindo listas de vigilância antiterrorismo. A ampliação do uso desses dados para fins migratórios representa um novo passo na integração entre as agências.
O governo federal também avaliou o uso de outros bancos de dados para localizar imigrantes em situação irregular, como informações fiscais. Uma dessas iniciativas chegou a ser suspensa por decisão judicial, mas reforçou o debate sobre os limites e as atribuições das agências federais no controle migratório.
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