Com aumento de 29% nos casos graves no Hemisfério Sul, a Organização Pan-Americana da Saúde destaca a importância de intensificar a vacinação e fortalecer os sistemas de saúde
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) fez um alerta urgente para os países das Américas sobre a necessidade de reforçar a preparação para enfrentar uma nova temporada de gripe e outros vírus respiratórios, especialmente com a chegada do inverno no Hemisfério Norte. O alerta surge após uma elevação de 29% nos casos graves de infecções respiratórias no Hemisfério Sul em 2025, com um impacto maior entre os idosos devido à circulação do vírus A(H3N2). A Opas recomenda fortalecer a vacinação e a vigilância, além de preparar os sistemas de saúde para possíveis picos de hospitalizações.
Em um comunicado divulgado em dezembro de 2025, a Opas alertou para a intensificação das infecções respiratórias nas Américas, com destaque para a gripe, o vírus sincicial respiratório (VSR) e o SARS-CoV-2. De acordo com a organização, a circulação global do vírus da gripe, especialmente do tipo A, aumentou significativamente, afetando principalmente as populações vulneráveis, como idosos, crianças pequenas e pessoas com condições de saúde preexistentes.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), por meio da Opas, relatou que o aumento de 29% nos casos graves no Hemisfério Sul está diretamente relacionado à circulação mais intensa do vírus da gripe e do VSR. Enquanto o VSR teve um impacto maior sobre os bebês, com um número crescente de hospitalizações, a gripe A afetou predominantemente os idosos, especialmente os com comorbidades.
Gripe e VSR: o cenário em 2025
Em 2025, a temporada de gripe foi marcada pela predominância do subtipo A(H1N1)pdm09, que inicialmente circulou na América Central e no Caribe, e do subtipo A(H3N2), que teve maior prevalência nos Estados Unidos e Canadá. De acordo com dados da Opas, a variante A(H3N2) tende a afetar mais os idosos, e embora não haja evidências de maior gravidade, as infecções por esse subtipo aumentam o risco de complicações.
Além disso, a temporada de VSR teve um início precoce e mais severo do que nos anos anteriores. O VSR, que é uma das principais causas de infecções respiratórias graves em crianças menores de 5 anos, já causou o falecimento de aproximadamente 50 mil bebês em todo o mundo, em sua maioria devido à insuficiência respiratória.
Recomendações e preparativos para o inverno
Com o inverno se aproximando no Hemisfério Norte, a Opas enfatizou a necessidade de adaptação dos serviços de saúde para lidar com o aumento das infecções respiratórias. A organização recomendou que os países mantivessem a vigilância rigorosa sobre a gripe, o VSR e o SARS-CoV-2, além de atualizar as diretrizes clínicas para garantir diagnósticos rápidos e eficazes.
A vacinação continua sendo uma das medidas mais eficazes para reduzir a gravidade das infecções, especialmente para os grupos de risco, como idosos, grávidas, crianças pequenas e profissionais de saúde. A Opas também aconselhou os países a disponibilizarem antivirais para os pacientes que apresentarem risco elevado de complicações.
Vacinação e medidas de prevenção
A Opas reitera que a vacinação contra a gripe, o VSR e o COVID-19 deve ser uma prioridade para todos os países da região. A vacina atual contra a gripe tem mostrado boa proteção contra os casos graves, embora a vigilância contínua e a resposta rápida sejam essenciais. Além disso, medidas simples de prevenção, como lavar as mãos com frequência, usar máscara em locais fechados e ficar em casa ao apresentar sintomas de resfriado ou gripe, continuam sendo fundamentais para reduzir a propagação dos vírus.
O impacto no sistema de saúde
Outro ponto destacado pela Opas é a preparação dos sistemas de saúde para enfrentar possíveis picos de hospitalizações. A agência reforçou que os surtos incomuns devem ser investigados de imediato, e as amostras devem ser enviadas para análise para entender melhor a circulação viral. Em caso de surtos regionais, a Opas sugeriu que os países sigam as diretrizes do Regulamento Sanitário Internacional (RSI) para monitorar e controlar a disseminação de vírus.
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