Orçamento de 2026 reduz recursos do Farmácia Popular e do Pé-de-Meia

Foto: Montagem/ Paloma de Sá
Corte em programas sociais e educacionais contrasta com aumento das emendas parlamentares, que somam R$ 61 bilhões
Por Paloma de Sá |GNEWSUSA

O Congresso Nacional aprovou, nesta sexta-feira (19), o Orçamento da União para 2026, que projeta um superávit de R$ 34,5 bilhões e reserva R$ 61 bilhões para emendas parlamentares. Para acomodar esse volume de recursos, o texto aprovado prevê cortes expressivos em programas sociais, educacionais e de assistência à população.

Entre os programas afetados está o Farmácia Popular, que terá redução de aproximadamente R$ 500 milhões em seu orçamento. A iniciativa, mantida por sucessivos governos, garante acesso gratuito ou subsidiado a medicamentos essenciais para milhões de brasileiros, especialmente famílias de baixa renda. O corte ocorre em um cenário de inflação persistente no setor farmacêutico, o que pode dificultar ainda mais o acesso a tratamentos básicos.

Educação entre as áreas mais impactadas

O setor educacional também figura entre os mais prejudicados pelo ajuste fiscal. O programa Pé-de-Meia, voltado a estudantes do ensino médio como incentivo à permanência e à conclusão dos estudos, sofrerá redução de recursos. Além disso, haverá corte de cerca de R$ 300 milhões nas bolsas vinculadas ao CAPES, que desempenham papel fundamental na formação de professores e no fortalecimento da educação básica e superior no país.

Outro programa afetado é o Auxílio Gás, criado para ajudar famílias de baixa renda a custear o botijão de gás de cozinha. O benefício terá diminuição estimada em R$ 400 milhões. Já despesas obrigatórias, como seguro-desemprego e abono salarial, também passaram por ajustes, com cortes que, juntos, se aproximam de R$ 100 milhões, dependendo da demanda ao longo do ano.

Prioridade orçamentária gera debate

Os cortes em políticas públicas essenciais contrastam com o reforço destinado às emendas parlamentares e ao fundo eleitoral, especialmente em um período que antecede as eleições de 2026. Analistas avaliam que os ajustes foram feitos de forma pulverizada, retirando valores considerados “pequenos” de vários programas, mas que, somados, viabilizaram o aumento significativo das verbas sob controle do Congresso.

Especialistas alertam que a redução de investimentos em áreas como saúde, educação e assistência social pode ter impacto direto sobre a população mais vulnerável, ampliando desigualdades e pressionando ainda mais os serviços públicos, sobretudo no Sistema Único de Saúde (SUS) e na rede educacional.

A aprovação do Orçamento reacende o debate sobre prioridades fiscais e a distribuição dos recursos públicos em um momento de desafios econômicos e sociais para o país.

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