Investigação revela que suspeita encenou afogamentos para simular acidentes e confessou homicídios do próprio filho e de três sobrinhas
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
Uma mulher de cerca de 30 anos foi presa em Panipat, no norte da Índia, acusada de matar quatro crianças ao longo de dois anos — entre elas o próprio filho e duas sobrinhas. Segundo a polícia, ela escolhia vítimas que considerava “bonitas demais”, motivada por uma obsessão doentia pela aparência.
Em coletiva realizada nesta quarta-feira (3), autoridades informaram que os crimes foram meticulosamente organizados para parecerem acidentes por afogamento. A suspeita, identificada como Poonam, confessou todos os homicídios durante o interrogatório.
De acordo com a investigação, Poonam não aceitava que outras crianças fossem “mais atraentes” do que as dela. O primeiro crime ocorreu em 2023, quando matou a sobrinha e, em seguida, o próprio filho de três anos — que teria testemunhado o assassinato. Os corpos foram encontrados em um tanque de água, e, na época, a mulher afirmou que ambos haviam caído enquanto brincavam.
Meses depois, em agosto, outra criança da aldeia de Sivah foi encontrada morta da mesma forma, sem despertar suspeitas. O padrão só veio à tona recentemente, após o desaparecimento de Vidhi, sobrinha de seis anos da suspeita, durante um casamento. A menina foi achada pela avó boiando em uma banheira no local da festa.
O avô da criança, ex-investigador, estranhou a posição do corpo e alertou a polícia, dando início a uma apuração mais minuciosa. Ele afirmou acreditar que a neta havia sido afogada propositalmente. A partir disso, autoridades conectaram o caso às mortes anteriores e abriram investigação mais ampla.
Durante o interrogatório, Poonam admitiu ter seguido Vidhi até o terraço do prédio durante a festa. Segundo a polícia, ela colocou a criança em uma banheira plástica cheia de água, a afogou e trancou a porta antes de retornar ao evento. Investigadores afirmam que a suspeita “se irritava com meninas bonitas”.
A polícia divulgou no X um vídeo que mostra Poonam chegando ao tribunal com o rosto coberto por um lenço vermelho, deixando apenas os olhos à mostra. Autoridades disseram que ela apresenta traços de psicopatia, mas seguirá sob custódia judicial enquanto as investigações continuam.
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