Terrorismo em Bondi Beach deixa 12 mortos e tinha judeus como alvo

Ataque em Sydney é confirmado pelo primeiro-ministro de Nova Gales do Sul, Chris Minns, e provoca pânico na comunidade

Por Ana Raquel |GNEWSUSA 

Um ataque a tiros de extrema violência deixou ao menos 12 pessoas mortas e dezenas de feridos na noite deste domingo (14) em Bondi Beach, uma das praias mais conhecidas da Austrália, localizada em Sydney. O crime ocorreu por volta das 18h40 no horário local — 4h40 da manhã no Brasil — e provocou cenas de terror entre moradores e turistas que estavam na região.

Dezenas de disparos foram efetuados em sequência, levando centenas de pessoas a correrem desesperadamente para longe da orla. Testemunhas relataram gritos, correria e a chegada rápida de diversas viaturas policiais, ambulâncias e equipes táticas, que isolaram completamente a área.

De acordo com a Polícia de Nova Gales do Sul, o ataque foi cometido por homens armados. Entre os mortos está um dos suspeitos apontados como atirador, que foi neutralizado durante a ação policial. O segundo envolvido foi baleado e está em estado grave, sob escolta policial em uma unidade hospitalar. As autoridades confirmaram ainda que dois policiais ficaram feridos durante a ocorrência.

Ataque durante evento religioso

No momento do atentado, centenas de pessoas participavam do “Chanukah by the Sea”, evento que marcava o início da festividade judaica e reunia famílias inteiras, crianças e líderes comunitários. Relatos indicam que até 50 tiros podem ter sido ouvidos, aumentando o temor de que o ataque tenha sido planejado para atingir um grande público.

O Serviço de Ambulâncias de Nova Gales do Sul (NSW Ambulance) informou, em atualização divulgada às 20h40, que 16 vítimas foram socorridas e levadas a hospitais em diferentes regiões de Sydney, algumas com ferimentos graves. Equipes médicas montaram pontos de atendimento emergencial próximos à praia devido ao alto número de feridos.

Relatos de quem estava no local

O capelão judeu Vladimir Kotlyar, integrante do Serviço Estadual de Emergência, estava presente no evento com o filho no momento do ataque. Em entrevista ao Sydney Morning Herald, ele descreveu o clima antes da tragédia:

“Havia balões, música, uma parede de escalada para crianças e churrasco. Era um evento familiar e alegre”, relatou.

Minutos depois, o ambiente de celebração deu lugar ao caos, com pessoas tentando se proteger e ajudar feridos enquanto aguardavam a chegada das autoridades.

Investigação em andamento

A polícia australiana informou que as investigações seguem em andamento para esclarecer a motivação do ataque e apurar se há ligação com extremismo ou crime de ódio. A área de Bondi Beach permanece isolada para perícia, e as autoridades pediram que a população evite o local.

O caso reacende o debate sobre segurança pública e proteção a eventos religiosos na Austrália, país que raramente registra ataques armados dessa magnitude.

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