Autoridades confirmam 804 vítimas e mais de 650 desaparecidos, enquanto governo resiste a decretar estado de emergência
Por Tatiane Martinelli |GNEWSUSA
As inundações que atingem a ilha de Sumatra, na Indonésia, ganharam proporções ainda mais dramáticas. A Agência Nacional de Gestão de Desastres (BNPB) atualizou nesta quarta-feira o número de mortos para 804, um aumento expressivo em relação ao balanço anterior, que registrava 631 vítimas. Mais de 650 pessoas seguem desaparecidas, e centenas de milhares foram forçadas a abandonar suas casas.
Apesar da devastação — que inclui milhares de feridos e destruição massiva em diversas regiões — o governo indonésio continua sob críticas por ainda não decretar estado de emergência, medida considerada crucial por especialistas e entidades humanitárias para ampliar ajuda, liberar recursos e reforçar a coordenação das operações de socorro.
A Indonésia recorreu ao estado de emergência apenas três vezes desde que há registros: após o terremoto e tsunami de 1992, durante o desastre de 2004 e na pandemia de covid-19. A comparação com o Sri Lanka, que declarou emergência diante das enchentes e pediu apoio internacional, aumentou a pressão sobre Jacarta. Para a Amnistia Internacional no país, a decisão é “urgentemente necessária” para mobilizar esforços nacionais e internacionais.
Segundo autoridades locais, a tragédia foi intensificada pelo volume excepcional de chuvas que atingiu Sumatra por um longo período, fazendo rios transbordarem e provocando destruição generalizada.
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