Casa Branca critica sanções e pede contenção no Indo-Pacífico
Por Ana Raquel |GNEWSUSA
O governo dos Estados Unidos elevou o tom contra a China nesta sexta-feira ao cobrar o fim das pressões militares, diplomáticas e econômicas exercidas por Pequim sobre Taiwan. A posição foi manifestada por autoridades do Departamento de Estado, que classificaram como preocupantes as recentes ações chinesas na região e defenderam a retomada do diálogo como caminho para a estabilidade no Indo-Pacífico.
A reação americana ocorre após o governo chinês anunciar sanções contra cidadãos e empresas do setor de Defesa dos Estados Unidos, em resposta à aprovação de um novo pacote de cooperação militar com Taiwan. As medidas impostas por Pequim incluem restrições comerciais e bloqueio de ativos em território chinês, ampliando a tensão entre as duas maiores potências globais.
Para Washington, as sanções chinesas não alteram o compromisso histórico dos EUA com a segurança regional. Autoridades americanas sustentam que a cooperação com Taiwan tem caráter defensivo e visa garantir capacidade mínima de dissuasão diante do aumento das atividades militares chinesas no entorno da ilha.
A venda de equipamentos militares aprovada recentemente inclui sistemas considerados estratégicos para a defesa territorial e para a chamada guerra assimétrica — modelo adotado por Taiwan para compensar a superioridade numérica das Forças Armadas chinesas. O governo taiwanês vê a parceria com os EUA como essencial para preservar sua autonomia política e institucional.
Pequim, por sua vez, voltou a afirmar que considera Taiwan parte integrante de seu território e classificou o apoio americano como interferência em assuntos internos. O discurso foi acompanhado por novos exercícios militares chineses próximos à ilha, interpretados por analistas internacionais como demonstração de força e tentativa de intimidação.
Autoridades de segurança em Taipé relataram movimentação intensificada de navios e aeronaves chinesas, além da participação de unidades da Guarda Costeira em manobras consideradas provocativas. Washington reagiu classificando essas ações como desestabilizadoras e incompatíveis com a manutenção da paz regional.
A disputa entre China e Taiwan remonta à guerra civil chinesa do século XX e permanece como um dos principais focos de tensão geopolítica do mundo. Embora Taiwan possua governo próprio, eleições livres e forças armadas, sua condição internacional segue limitada pelo avanço da influência diplomática chinesa.
Aliados dos Estados Unidos avaliam que a postura adotada pelo governo Trump sinaliza firmeza diante do expansionismo de Pequim e reforça a defesa de aliados estratégicos frente a regimes autoritários. Para setores conservadores, a atuação americana representa um contraponto à política de intimidação chinesa e um recado claro de que a liberdade e a soberania de povos aliados não serão negociadas.
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