Trump reforça poder naval dos EUA e adota postura firme contra Maduro

Construção de novos navios e vigilância estratégica marcam discurso em Mar-a-Lago, com a presença de Pete Hegseth e Marco Rubio

Por Ana Raquel |GNEWSUSA 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a adotar um discurso firme em relação ao regime de Nicolás Maduro, na Venezuela, ao comentar nesta segunda-feira (22) a postura do governo venezuelano diante das recentes operações americanas de combate ao narcotráfico no Caribe e no Pacífico.

Durante um evento realizado em sua residência privada, no resort de Mar-a-Lago, na Flórida, Trump afirmou que ações hostis por parte do regime venezuelano não serão toleradas. Sem anunciar medidas concretas imediatas, o presidente reforçou que os Estados Unidos manterão uma postura de dissuasão e vigilância, dentro do que classificou como defesa dos interesses estratégicos e da segurança hemisférica.

A declaração ocorreu no mesmo evento em que Trump anunciou a construção de dois novos navios de guerra, que integrarão uma futura expansão da frota naval americana. As embarcações, segundo o presidente, darão início a uma nova geração de navios, informalmente chamada por ele de “classe Trump”, dentro de um projeto mais amplo de modernização das Forças Armadas.

Reindustrialização e capacidade estratégica

De acordo com Trump, os novos navios farão parte da chamada “frota dourada”, um conceito apresentado pelo presidente para simbolizar uma Marinha mais moderna, eficiente e tecnologicamente superior. O republicano afirmou que a intenção é construir mais de 20 embarcações ao longo dos próximos anos, como forma de recuperar a capacidade industrial e naval dos Estados Unidos.

A construção dos dois primeiros navios deverá ocorrer na Flórida, com início imediato, segundo o presidente. Trump informou que se reunirá na próxima semana com empreiteiros e representantes do setor naval, reforçando que o projeto busca gerar empregos, estimular a indústria nacional e reduzir a dependência externa.

O evento contou com a presença do secretário de Guerra, Pete Hegseth, e do conselheiro de segurança nacional e secretário de Estado, Marco Rubio, o que sinaliza alinhamento entre a política externa, a defesa e a estratégia industrial do governo.

Críticas à atual indústria naval

Trump também fez críticas ao desempenho atual das empresas responsáveis pela construção naval para a Marinha americana. Segundo ele, há atrasos, custos elevados e perda de competitividade frente a potências como a China, que vem ampliando rapidamente sua frota militar.

Nesse contexto, o presidente defendeu maior coordenação entre o governo e a Marinha no desenvolvimento dos novos navios. Em tom pessoal, afirmou que acompanhará de perto o design das embarcações, destacando a importância de eficiência, funcionalidade e padronização visual — críticas que já havia feito anteriormente à estética e à concepção de navios em serviço.

Mensagem política e estratégica

A nova ordem presidencial citada por Trump integra um esforço mais amplo de revitalização da indústria naval americana, considerada estratégica para a segurança nacional. O discurso também reforça a visão defendida por setores conservadores de que força militar e capacidade industrial funcionam como instrumentos de dissuasão, evitando conflitos em vez de provocá-los.

Ao tratar da Venezuela, Trump manteve o foco em pressão política e vigilância regional, sem anunciar intervenções diretas, alinhando-se ao argumento de que regimes autoritários devem ser contidos por meio de firmeza diplomática, sanções e presença estratégica — e não por ações precipitadas.

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