Venezuela cobra apoio de Brasil, Colômbia e México enquanto EUA reforçam presença militar no Caribe

Foto: internet
Caracas acusa Washington de pressionar sua soberania; Estados Unidos afirma que operações são de segurança regional e combate ao crime transnacional
Por Paloma de Sá | GNEWSUSA

A Venezuela apelou nesta quarta-feira ao Brasil, à Colômbia e ao México por apoio diplomático após a ampliação da presença militar dos Estados Unidos no Caribe. Enquanto Caracas denuncia movimentações como ameaça à soberania, Washington afirma que as operações têm caráter de segurança regional e não são direcionadas a governos específicos.

A vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, afirmou que embarcações, aviões e submarinos norte-americanos intensificaram operações no entorno do Caribe nas últimas semanas. Para o governo de Nicolás Maduro, o movimento representa um aumento de pressão externa que poderia gerar tensões militares na região. Rodríguez pediu publicamente que Brasil, Colômbia e México atuem em conjunto para defender princípios de não-intervenção e estabilidade regional.

Segundo o governo da Venezuela, as ações dos Estados Unidos vão além de exercícios rotineiros e configurariam um esforço de pressionar Caracas em meio a disputas políticas e econômicas. Autoridades venezuelanas defendem que a situação coloca em risco não apenas a segurança nacional, mas também a paz hemisférica.

Posição dos Estados Unidos

O governo norte-americano, entretanto, sustenta que a expansão das operações militares no Caribe faz parte de iniciativas de combate ao tráfico transnacional, monitoramento marítimo e prevenção de atividades ilícitas. Segundo porta-vozes do Departamento de Defesa, as forças destacadas na região atuam em cooperação com países caribenhos e latino-americanos que voluntariamente participam dessas missões.

Washington não reconhece as acusações de intimidação e afirma que suas operações são transparentes e regulares. Fontes oficiais reiteram que não há planos ou ações direcionadas especificamente contra a Venezuela, e que a presença militar visa reforçar a segurança marítima, incluindo combate ao narcotráfico e interceptação de rotas consideradas de alto risco.

Reações regionais

Brasil, México e Colômbia demonstraram preocupação com qualquer movimentação militar externa capaz de gerar instabilidade regional. As três nações reafirmaram compromisso com o diálogo diplomático e a defesa da soberania dos Estados latino-americanos.

O governo brasileiro mantém conversas com ambos os lados, buscando evitar escaladas e promover soluções negociadas. O México voltou a destacar sua política histórica de não-intervenção, enquanto a Colômbia defendeu mecanismos multilaterais para monitorar riscos e prevenir conflitos.

Contexto internacional

Após o pedido venezuelano, países aliados de Caracas, como a Rússia, declararam apoio diplomático e criticaram movimentos militares próximos à costa do país. Já os Estados Unidos mantêm a posição de que suas operações seguem padrões internacionais e têm fins exclusivamente de segurança.

Especialistas avaliam que a situação exige monitoramento diplomático permanente, uma vez que a combinação de disputas políticas, vigilância militar e pressões internacionais pode elevar tensões já existentes no continente.

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