Exclusivo: vítimas de Diony Cimini contam detalhes da noite em que foram esfaqueados

Um mês após o ataque de um brasileiro dentro de um bar na cidade de Hudson (Massachusetts), quando Diony Cimini esfaqueou quatro pessoas, o Globe News USA falou com exclusividade com duas vítimas. Ernando Nunes e Ildo Teixeira, ambos moradores de Marlborough, falaram com o repórter Thathyanno Desa e contaram um pouco da noite do crime, em 7 de março.

Ernando, conhecido como Alemão, contou que chegou ao estabelecimento por volta das 10h20 PM, e o criminoso chegou ao local pouco depois, acompanhado do chefe, que ele conhecia e com quem conversou rapidamente. Mas não demorou muito para Diony iniciar a confusão.

“Uns 15 minutos depois ele (Diony) começou a caçar confusão. Eu vi, me afastei. E uma amiga me chamou para dançar e eu não quis. Depois ela chamou, eu fui, e começou e novo e eu já saí, porque não gosto disso”, conta.

Segundo Alemão, o chefe de Diony ficava atiçando ele, como se fosse um cachorro, deixando-o mais agitado. E quando a vítima tentou separar a confusão, o criminoso acertou uma facada por baixo, na região do abdômen.

“Eu não sabia que era uma faca. Não sabia que uma pessoa ia estar com uma faca dentro de um estabelecimento. E vi que a minha roupa estava muito molhada, esguichando sangue”, relata.

“Logo chegou um policial, ele me ajudou a deitar no chão. e quando chegou a ambulância, pediu para me atender primeiro. E foi conversar comigo, para não me deixar dormir”, lembra.

Ildo foi o bar junto com Alemão e conta que o ataque foi muito rápido. “Eu estava no lado de fora, e quando entrei, vi o Alemão com a mão ma barriga. Quando vi, estava queimando, ele ja tinha me acertado”, relata.

Segundo Alemão, quem o acompanhou após o crime conta que ele esteve entre a vida e a morte. “Deus me livrou. Não me atingiu nenhum órgão por dentro. Me falaram que eu tive muita sorte. As pessoas disseram que acharam que eu não ia escapar dessa. Pelo sangue que eu perdi. Foi Deus mesmo, que me ajudou e me livrou dessa”, conta.

Após o crime, Alemão pediu apenas para que a mãe, que é mais idosa, não fosse comunicada, até o momento em que ele conseguiu fazer uma chamada em vídeo com ela.

“Minha irmã ja ficou sabendo logo no domingo. Foi triste, ficou sabendo, foi muito triste. Passou muita coisa pela cabeça. Eu pensei que ia morrer”, completa Ildo.

As vítimas destacaram a falta de segurança no local, já que Diony entrou tranquilamente com uma faca. “Tem uma pessoa sentada em uma cadeira, e não te revista”, conta Alemão.

Já a motivação para o crime segue gerando dúvidas. “Teve gente que falou comigo, que disse que tinha rolado uma aposta entre o patrão e ele, uma aposta de 1 mil dólares, que ele ia dançar com a namorada do rapaz que foi esfaqueado”, conta Alemão, sobre o que teria ocasionado a briga.

Alemão contou também que neste período de recuperação, tem contado com a ajuda dos amigos, que fazem comida e lavam as roupas. “É nessa hora que você vê quem são seus verdadeiros amigos, quem se preocupa com você”, destaca.

Diony segue foragido da polícia. Se você ver o criminoso ou tiver alguma informação, entre em contato com a equipe do Globe News  USA pelo telefone 1617-970-8850. Sua identidade será mantida em sigilo absoluto.

 

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*