Salários, Vistos e Metas: O Impacto das Decisões do Primeiro-Ministro na Paisagem Migratória Britânica
Por Gilvania Alves |GNEWSUSA
Num esforço para fortalecer as políticas de imigração, o Primeiro-Ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, iniciou uma série de medidas destinadas a controlar a entrada de trabalhadores estrangeiros no país.
O Secretário do Interior, James Cleverly, elevou o limite salarial para trabalhadores estrangeiros para £38.000 e proibiu que funcionários estrangeiros que recebem assistência social tragam parentes para o Reino Unido.
Parlamentares conservadores instaram o primeiro-ministro a adotar medidas ainda mais “severas”, enfatizando que a imigração é uma preocupação primordial para os eleitores.
Críticos do partido trabalhista acusam os conservadores de agir em meio a um “pânico caótico”, enquanto líderes sindicais argumentam que o primeiro-ministro está “jogando roleta com serviços essenciais” para aplacar a ala mais à direita.
Cleverly apresentou um plano para reduzir a migração legal, estabelecendo uma nova meta de menos de 300.000 migrantes anualmente. O plano inclui os seguintes pontos:
1. Prestadores de cuidados estrangeiros não poderão mais trazer seus dependentes para o Reino Unido.
2. O salário mínimo para vistos familiares foi elevado para o novo limite de £38.700.
3. A lista de ocupações escassas será revisada para eliminar um desconto salarial de 20 por cento.
4. A rota do visto de pós-graduação, permitindo que estudantes permaneçam por dois anos após os estudos, está sob revisão.
O Secretário do Interior prometeu que o plano resultará numa significativa redução no saldo migratório, após os níveis atingirem um recorde máximo de 745.000 em 2022, causando indignação entre os conservadores. Ele afirmou que a estratégia diminuirá os níveis anuais em 300.000 nos próximos anos.
Sunak e Cleverly não impuseram um limite total para vistos e assistência social – uma medida que acredita-se que o Ministro da Imigração, Robert Jenrick, tenha pressionado.
O líder do Common Sense Group afirmou que as novas medidas estão “muito atrasadas, mas incrivelmente bem-vindas” – porém, alertou Sunak que será necessário ir mais longe, encerrando a rota dos vistos de pós-graduação e estabelecendo um limite geral para a migração líquida.
O líder da ala direita, Simon Clarke, declarou que os eleitores conservadores expressaram “desespero por ações ousadas para encontrar uma solução”.
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