Padre brilha no tatame como Vice-Campeão Mundial de Jiu-Jitsu

Padre João José Bezerra é faixa preta e vice-campeão de jiu-jitsu — Foto: Arquivo pessoal/Reprodução

Fé, treino diário e alimentação saudável fazem parte da jornada do sacerdote, que desafia os limites entre religião e arte marcial

Por Schirley Passos|GNEWSUSA

O sacerdote católico João José Bezerra, de 42 anos, revelou detalhes fascinantes de sua vida dupla como líder espiritual e destemido praticante de jiu-jitsu. Vice-campeão mundial na faixa marrom master 3 (até 88 kg) pela CBJJE, o Padre João, da Arquidiocese de Botucatu, quebrou barreiras ao se tornar o primeiro padre faixa preta.

Após sua recente conquista no dia 24/11, no Ginásio do Ibirapuera em São Paulo, João compartilhou sua jornada, destacando a influência do padre Marcelo Rossi, que também encontrou forças na atividade física após superar desafios. Graduado à faixa preta como reconhecimento por seu vice-campeonato, João é um exemplo único de determinação e equilíbrio entre fé e esporte.

Morando em Roma por dois anos para completar seu mestrado em Teologia Dogmática, o padre manteve sua afinidade com a prática esportiva, destacando-se até mesmo entre os colegas de batina. De volta ao Brasil em 2016, após buscar brevemente o boxe, João encontrou no jiu-jitsu sua verdadeira paixão ao ser acolhido pela equipe Ryan Gracie de Botucatu.

A vida agitada do padre João gira em torno de missas, estudos e treinos diários. Com o quimono sempre no carro, ele não hesita em encontrar academias nas viagens para manter sua rotina. Entre risos, o sacerdote brinca sobre a transição rápida entre a batina e o quimono, evidenciando a peculiaridade de sua jornada.

A importância da boa alimentação, aliada à prática de musculação e jiu-jitsu, destaca-se na filosofia de vida do faixa preta. Para João, a arte marcial não é apenas um esporte, mas um caminho para a evolução pessoal e espiritual. Ele atribui sua dedicação ao jiu-jitsu a uma revelação divina e destaca os benefícios na forma como enxerga o mundo e interage com as pessoas.

Apesar do estranhamento inicial no meio clerical, o padre João recebe apoio e incentivo de seus superiores, e ele próprio se torna um defensor da prática de atividade física para os colegas de batina. Com bom humor, ele desafia qualquer um que ousar enfrentá-lo, destacando que a arte do jiu-jitsu molda não para a violência, mas para a autodefesa.

A história do padre João José Bezerra é um testemunho inspirador de como a fé, o treino e a alimentação equilibrada podem coexistir em uma vida dedicada tanto à espiritualidade quanto à superação pessoal nos tatames.

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