
Ao mesmo tempo que causou alívio, por ter sido encontrada em segurança, o desaparecimento de Julyana Almeida também causou indignação na comunidade brasileira. Tanto pelo destino da jovem, que estava em uma clínica de reabilitaçao após ser presa, quanto maneira como desdenhou da ajuda de milhares de pessoas que se uniram para achá-la.
Na noite da quinta-feira, o repórter investigativo Thathyanno Desa, falou Rosângela Bragança, prima de Julyana, e que foi quem iniciou os trabalhos para descobrir o que tinha acontecido com ela. “Eu me envolvi neste caso, como me envolveria em qualquer um caso. Eu moro aqui há 32 anos e faço um trabalho de comunidade. Quando essa mãe desesperada me ligou e disse que precisava de ajuda, que eu era a única esperança dela aqui, que ela não tinha com quem recorrer, porque eu moro na California e a menina se perdeu em Los Angeles, e eu não pensei duas vezes. Peguei todos os detalhes, fui para a delegacia e fiz a primeira queixa. O intuito era ajudar uma mãe desesperada. Como conhecemos os casos aqui, que é normal uma moça desaparecer e depois aparecer morta, estuprada, tragédias horríveis, então eu não pensei duas vezes”, conta.
Nas redes sociais, muitas pessoas reclamaram da postura de Julyana, e chegaram a dizer que não iriam mais ajudar em casos como esse. Mas Rosângela pediu para que isso não aconteça. “Aprendemos uma grande lição. Mas não podemos virar as costas para ninguém e ficar de braços cruzados, enquanto tem uma pessoa com um problema desses”, afirma.
Rosângela também não poupou palavras para falar da prima, que chegou a brigar com a mãe o padrasto durante a entrevista a Thathyanno, precisando inclusive da interferência da polícia. “Ela é uma má educada. Ela deixou bem claro. A entrevista terminou em briga por causa dela. Não tem um pingo de consideração por ninguém. Falou para o Rodrigo, primo dela, que mais ajudou em Los Angeles, ele ligou na clínica, perguntou se ela estava ciente de quem era, que tinha uma comunidade inteira procurando, e a resposta dela foi que ela não mandou ninguém procurar. Deveria ser ‘nossa, eu não sabia, eu agradeço’. Mas ela foi arrogante. E muito irresponsável, pois gastou o dinheiro público. Isso é um absurdo. Mais de 40 policiais, detetives, FBI, consulado. E o trabalhador que paga impostos, vai trabalhar para pagar a despesa dela, já que a clínica não é de graça. O trabalho da polícia não é de graça. Se existe alguma punição, seria trabalhar e pagar essa dívida para não sujar o nome da comunidade brasileira. Ela tinha que pagar, e não os pais dela”, desabafa.
“Mesmo presa, ela poderia ter feito uma ligação para a família, mas não estava nem aí para ninguém. Quando descobriu que tinha uma comunidade inteira ajudando, ela nunca agradeceu. E eu fiquei chateada com a mãe dela. Eu fui a primeira pessoa que ela entrou em contato. Eu não quero lugar especial neste caso. Não sei onde eles estão hoje, e nem quero saber. Quero me envolver com quem realmente precisa. Não é a Julyana que vai destruir esse trabalho lindo com a comunidade”, completa.
Segundo Rosângela, ela já havia ouvido que este é o comportamento normal de Julyana. “A Viviane (mãe de Julyana) estava muito alerta de muita coisa errada que a filha andava fazendo e simplesmente abençoou a vinda dela para a California. Essa menina não tem condição nenhuma de morar sem a mãe dela. Tem que ficar na coleira. Se soltar ela, ela causa danos. Uma menina de quase 21 anos. A mãe simplesmente confiou que ela ia ter uma grande oportunidade de emprego na California. No meio de uma pandemia. Isso não existe”, analisa.
Rosângela também falou sobre Viviane. “Eu resolvi me colocar no lugar dela. Tem um filhinho de 5 meses. Está amamentando. Está numa posição bem vulnerável fisicamente e emocionalmente. Eu sou doula pós-parto, eu vivo com mulheres em período pós-parto. E essa mulher está precisando de muita oração. Se ela não for uma pessoa forte, e ja deu pra ver que a Julyana é muito mais forte que ela. Ela comanda o circo tudo. Se a Viviane não bater o pé, ela não vai conseguir. Essa menina vai gastar tudo que tem”, conta.
Por fim, Rosângela voltou a agradecer o apoio e a ajuda de toda a comunidade brasileira. “Vamos continuar sendo comunidade, vamos continuar sendo unidos. Não tem coisa mais bonita do que essa. Nós temos uma comunidade linda demais. E como que nós não vamos ajudar os outros? Quantas pessoas ofereceram lugar de graça para a mãe da Julyana ficar. Ofereceram um carro de graça. Quantas pessoas ajudaram a levar Viviane onde ela precisasse. O Rodrigo saiu de Maryland, a avó dela. E eu prometi a população, que se eu soubesse a verdade, eu iria contar. Se eu fui ao público e pedi ajuda, meu público precisa de uma explicação. Mas eu falei para a mãe dela, que se a Julyana estiver numa boa, armando esse barraco todo, eu vou abrir minha boca. Eu coloquei milhares de pessoas envolvidas nisso”, completa.
Mãe de Ana Paula Braga faz desabafo emocionado
Durante a transmissão, Thathyanno surpreendeu toda a audiência, ao trazer a Delma Felix para dar um depoimento. Ela era mãe de Ana Paula Braga, que foi assassinada em janeiro, em Los Angeles. E diferente de Viviane, não teve a chance de reencontrar a filha com vida.
“Infelizmente eu não tive a mesma sorte que essa mãe teve. Eu sou muito triste, por não ter enterrado os ossos da minha filha. Que essas mães que tem filhas, sejam mais gratas às pessoas que ajudam. Meu sonho era ter achado a minha filha com vida. E a minha filha era tudo o que eu tinha na vida. Era ela que me sustentava. Hoje eu vivo de favor na casa dos outros. Não tenho ela. É eu e Deus e mais ninguém. Minha filha era tudo para mim. Uma menina linda, educada, brincava com todo mundo. Trabalhava, sorria o tempo todo, brincava, falava palhaçada. Eu ficava até às 4 da manhã aqui no Brasil conversando com a minha filha. Mas no dia que o seu Thathyanno me ligou para dizer que ela estava morta, ele não teve coragem de dizer que ela estava morta. Ele chorou a minha dor, ele sofreu junto comigo. A minha filha era tudo que eu tinha. Eu falei com a mãe dessa moça e achei uma mulher fria, sem coração. O seu Thathyanno faz um trabalho maravilhoso. As pessoas deviam ser mais gratas. Eu queria ter a oportunidade de enterrar os ossos da minha filha, mas infelizmente eu não tive. E que essas meninas que vão aí para trabalhar, melhorar de vida, tenham mais juízo, mais carinho pelos outros. Converse com as suas mães. Minha filha era tudo que eu tinha de bom na vida. Eu queria ter ido no lugar dela. Essa mãe que achou a filha, que tivesse coração. Que as pessoas sejam gratas, tenham coração. Essas pessoas merecem o respeito de todos. Hoje eu não vivo mais. Vivo doente, não tenho condições, não tenho estudo, mas tenho educação. Venho da roça, de uma família muito pobre, mas que tinha educação”, conta, emocionada.
Confira a entrevista completa
Inaceitável…
Só quem conhece ,o sofrimento da Delma…Mas desses 40 detetives,cadê alguns pra Ajudar a Delma…
Não dá pra aceitar mesmo…muito triste…
Mas dá pra ver que envolve dinheiro por parte da família da drogadinha…e que a drogadinha aprenda e dê sossego pra família.
Essa menina e muito mal criada , estamos todos retados aqui após escutar a entrevista dela e da mãe
Falta de caráter
Ridículo isso , detonando feio o nome da comunidade brasileira aqui