
Um jovem de 19 anos e um agente federal morreram e centenas de pessoas foram presas nos Estados Unidos entre a noite de sexta-feira (29) e a manhã deste sábado (30). As mortes e as prisões ocorreram durante a quarta noite de protestos contra a morte de George Floyd, homem negro que foi asfixiado por um policial branco e depois morreu em Minneapolis na segunda-feira (25). As manifestações ocorreram em ao menos 30 cidades americanas, segundo a rede de televisão americana CNN.
A primeira morte relatada durante os atos de sexta foi a do jovem de 19 anos. Ele foi atingido depois que uma pessoa passou atirando de dentro de um carro contra uma multidão que protestava no centro de Detroit, no Michigan. A polícia ainda não sabe se ele fazia parte dos protestos.
O segundo caso foi o de um agente federal que morreu depois de ser baleado durante as manifestações em Oakland, perto de San Francisco, na Califórnia. Um segundo agente foi atingido, segundo a polícia, mas sobreviveu.
De acordo com as autoridades, 7,5 mil pessoas participaram das manifestações em Oakland; houve prisões, mas o número de detidos não foi informado. Houve relatos de vandalismo, roubos, incêndios e ataques a policiais, diz a CNN.
Em Nova York, “dúzias” de pessoas foram presas, mas os protestos foram acalmados, informou a polícia. Em Lincoln, no estado de Nebraska, os protestos da noite de sexta-feira continuaram até a manhã deste sábado; também houve prisões.
Em Portland, no Oregon, oeste do país, a prefeitura declarou estado de emergência. Um toque de recolher foi decretado.
Em Phoenix, no Arizona, os manifestantes causaram vários estragos no centro da cidade. “Propriedades no centro de Phoenix foram vandalizadas à medida que alguns manifestantes cometem comportamento criminoso, quebrando janelas e portas de empresas municipais e privadas e destruindo carros estacionados ao longo da rua”, escreveu a polícia da cidade no Twitter durante a madrugada.
Em Houston, no Texas, quase 200 pessoas foram presas durante protestos. A maioria será acusada de obstrução de vias, segundo um tuíte da polícia local. Segundo as autoridades, quatro policiais sofreram ferimentos leves e oito veículos da polícia foram danificados.
Em Dallas, no mesmo estado, o prefeito, Eric Johnson, apoiou os “clamores por justiça” dos manifestantes e reconheceu que a maior parte deles foi “pacífica e respeitosa”, mas disse que havia “algumas poucas pessoas que aparentemente têm outros objetivos e vêm destruindo e roubando propriedade.”
Em Minneapolis, no estado de Minnesota, onde ocorreu o caso, cerca de 50 pessoas foram presas. A polícia precisou chamar reforços para lidar com os protestos, informou a CNN.
Durante a noite e pela madrugada, também houve protestos em frente à Casa Branca, residência oficial do presidente Donald Trump na capital americana, Washington DC. Os manifestantes, que antes haviam percorrido a cidade, foram contidos por barreiras montadas por agentes do Serviço Secreto.
Em um tuíte deste sábado (30), Trump disse que os protestos no local tinham “pouco a ver” com a memória de George Floyd, e que os manifestantes só estavam lá para “causar problema”.
Em Atlanta, na Geórgia, vidro quebrado e tijolos foram deixados para trás depois de uma noite e uma madrugada de violência. Durante os protestos de sexta-feira (29), os manifestantes protestaram em frente à sede da CNN, que fica na cidade, e quebraram vidros do prédio. Um repórter da emissora chegou a ser preso na cobertura dos eventos.
Em Denver, no Colorado, a polícia usou objetos com pimenta para dispersar os manifestantes. O prefeito da cidade, Michael Hancock, chamou os protestos de cenas “desnecessárias, sem sentido e destrutivas”.
Faça um comentário