Operação Dinastia 2 Desvenda Esquema de Extorsão na Construção Civil e Revela o Modus Operandi do Bonde do Zinho
Por Schírley Passos|GNEWSUSA
Rio de Janeiro, 26 de dezembro de 2023– O criminoso mais procurado do estado do Rio de Janeiro, Luis Antonio da Silva Braga, conhecido como Zinho, entregou-se à Polícia Federal (PF) nesse domingo, 24 de dezembro. A prisão foi realizada pela Delegacia de Repressão a Drogas (DRE-PF/RJ) e pelo Grupo de Investigações Sensíveis e Facções Criminosas (Gise/PF), após intensas negociações entre “patronos” de Zinho e as autoridades de segurança.
Zinho, de 44 anos, chefiava a milícia que dominava a Zona Oeste da capital fluminense e estava foragido desde 2018, acumulando pelo menos 12 mandados de prisão em seu nome. Após sua entrega, foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) e posteriormente transferido para o Complexo Penitenciário de Gericinó, uma prisão de segurança máxima na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Operação Dinastia 2 Revela Atuação Criminosa
O líder da milícia, alvo de uma operação conjunta da PF e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) na última terça-feira (19/12), enfrenta acusações de associação criminosa e porte ilegal de arma de fogo. As investigações resultaram na Operação Dinastia 2, que desmascarou as atividades criminosas do grupo, destacando sua atuação na exploração do setor da construção civil.
A PF e o MPRJ descobriram que Zinho controlava o segmento da construção civil, cobrando taxas mensais de grandes empreiteiras por obras em andamento e até mesmo por projetos executados pela Prefeitura do Rio. A Operação Dinastia, iniciada em agosto de 2022, revelou que o miliciano também exigia “empréstimos” de empresários do ramo.
Esquema de Extorsão na Construção Civil
A investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRJ revelou que o grupo liderado por Zinho estabeleceu uma estrutura criminosa para controlar os “controles de pagamento”, dissimular as cifras criminosas e até embargar obras em caso de inadimplemento. A segunda fase da operação foi direcionada para desmantelar o núcleo financeiro da milícia.
Durante a primeira fase da Operação Dinastia, em agosto de 2022, foram identificadas contas-correntes e quantias depositadas, bem como toda a estrutura de imposição de taxas ilegais a grandes empresas e pequenos comerciantes locais. O modus operandi do Bonde do Zinho, como a milícia era conhecida, envolvia a participação de parentes e trocas de comando em regiões dominadas pelos criminosos.
Desfecho na Prisão de Segurança Máxima
Com a prisão de Zinho, a PF e o MPRJ esperam desmantelar a influência nefasta da milícia na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A transferência do líder para o Complexo Penitenciário de Gericinó representa um passo significativo na busca por justiça e no combate às organizações criminosas que ameaçam a segurança e a ordem na cidade.
A prisão de Zinho é um marco nas operações de combate à milícia no estado, mas as autoridades permanecem atentas para garantir que todos os envolvidos sejam responsabilizados. A Operação Dinastia 2 continua a revelar os tentáculos da criminalidade organizada, reiterando a determinação das autoridades em erradicar essas ameaças à sociedade carioca.
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