Mulher acusada de sequestrar a própria sobrinha conta sua versão dos fatos

Em um dia, a brasileira Clenya Barros acordou, e passou a receber diversas mensagens acusando-a de ter sequestrado a própria sobrinha, outras dizendo que deveria pegar prisão perpétua. Mas ela teve a oportunidade de dar a sua versão dos fatos ao repórter investigativo Thathyanno Desa.

Clenya foi acusada pelo cunhado, Carlos Felipe da Costa Pereira, de ter sequestrado a filha dele, de 11 anos. Ele mora em Newark, (New Jersey), enquanto ela está em Weymouth (Massachusetts). “É uma coisa que ninguém fez foi me dar oportunidade de dar a minha versão da história”, conta a brasileira.

Segundo Clenya, há cerca de um mês, ela mandou mensagem para o cunhado, perguntando se poderia buscar a sobrinha para passar as férias em Weymouth, com a filha dela, já que devido à pandemia, as crianças estão sem aula. Ele falou que ia trazer ela, mas como não trazia, eu falei que ia buscar. Quando ela chegou aqui, na primeira semana, ele começou falar que estava com saudade,  ele falou que tinha que levar ela para comparecer na corte com ela. Aí ela começou a falar comigo algumas coisas que estavam acontecendo, que não queria ir embora, que não era para deixar ela voltar para casa da tia dela, que é onde ela vive. Só que antes de falar qualquer cosia, a escola também falou as coisas que estavam acontecendo, que ela não estava estudando, que não fazia os deveres. e hoje, quando eu acordei de manhã, vi que um jornal me expôs. Expôs minha família inteira, falando que eu sequestrei a filha dele porque no passado eu tive um relacionamento com ele, mas que como ele me rejeitou, estou usando a filha dele para me vingar”, contou Clenya, que garantiu que nunca teve nenhum tipo de relacionamento com Carlos Felipe.

“Minha sobrinha foi criada dentro da minha casa no Brasil. Meus pais moram de frente para a casa deles. Como eu vou sequestrar uma criança que foi criada dentro da minha casa? E quem está fazendo isso é ele contra a minha irmã, que está em processo de separação. Está tentando atingir a minha irmã para tirar a filha dela. Só que quando ele veio embora, ele ficou de devolver a menina, que só ia passar pelo México, e quando as coisas se resolvessem, ele iria devolver a menina para a minha irmã, e não foi o que aconteceu. Eu tenho um monte de mensagem. Não fui eu que não quis devolver. É ela que não quis voltar para ele. Eu estou grávida, e não tive coragem de deixar essa criança voltar para lá e tomei minhas providencias. Então fizeram a denúncia de sequestro de criança. E estão me chamando de seqüestradora, prejudicando a minha imagem, a imagem da minha sobrinha. Da minha família”, conta.

“Estou sofrendo muito. Não estou conseguindo dormir à noite. Agora estou correndo o risco da minha sobrinha ser mandada para uma abrigo, por um ato inconsequente do pai dela. Ninguém entrou em contato comigo para saber o que está acontecendo com ela. Quem me conhece, sabe que eu não sou capaz. Então ele está mentindo, dizendo que fui mal amada e que agora estou fazendo mal para a minha sobrinha”, completa.

Ao tentar entrar nos Estados Unidos pelo México, junto com a filha, foi pego por agentes da Patrulha de Fronteira e está com tornozeleira eletrônica. Ele inclusive teria uma audiência marcada na corte. “Ele é um inconsequente. Veio pelo México para maltratar a filha dele. Eu não tenho nada para esconder. Estou aqui mostrando a minha cara. E vou continuar lutando por ela. Onde eu puder ir por ela, eu vou sim. Não sequestrei ninguém. E quem conhece a minha índole, a minha família, sabe que eu nunca faria. E quem conhece o histórico dele no Brasil, sabe. Eu tenho as mensagens”.

Clenya contou que até mesmo a vice-prefeita de Newark se envolveu no caso. “Ela me ligou e me tratou com muita ignorância, como se eu fosse uma sequestradora mesmo”, revela, contando que foi ali que descobriu inclusive que a assistente social com quem havia falando em New Jersey, não estaria no cargo, sendo apenas uma empregada do departamento.

Enquanto isso, Clenya revela que tudo que a sobrinha quer é voltar para a mãe. “Ela só quer voltar para a mãe dela. Se eu tivesse sequestrado a menina, eu estaria escondida. A menina não tem nem documento aqui. Está sem passaporte. Se eu quiser levar ela no hospital, tive que marcar particular, porque não pude fazer um plano de saude porque ela não tem documento”.

Por fim, Clenya contou o maior medo. “Meu maior medo agora, é deles levarem ela e levarem ela de volta para ele. Meu maior medo e dela. Eu tenho medo de torturarem ela com isso tudo. Se ela sai da minha casa, eu não vou conseguir colocar a cabeça no travesseiro e dormir. Não vou ter paz. E se for para um abrigo, aí sim que não vou ter paz”, revela.

Confira a entrevista que Clenya deu para Thathyanno:

2 Comentários

  1. Conheço bem está senhora ela não secrestou a sobrinha ela só tá tentando proteger a vitória porque a menina foi criada na casa dela pelo seus pais deveria da a vitória pra tia cuidar I deixar o pai dela continuar a vida dele sem problemas 😉

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*