Tragédia no Equador: Incêndio em Boate resulta em 2 Mortes em pleno surto de Violência

Autoridades ligam caso às facções; se confirmada a relação, número de óbitos na crise atual chegaria a 15

Por Schirley Passos|GNEWSUSA

Pelo menos duas vidas foram perdidas e outras nove pessoas ficaram feridas em um terrível incêndio que consumiu uma boate na cidade de El Coca, no Equador. O incidente, ocorrido por volta das 22h da última quarta-feira (10), foi prontamente associado pela polícia local a mais um “ato de terrorismo” em um país já assolado pela violência e submetido a um estado de exceção.

As autoridades descreveram o ocorrido como parte do cenário de violência que já resultou em 15 mortes, se confirmada a relação do incidente com facções criminosas. As chamas se espalharam rapidamente, atingindo pelo menos 11 edifícios adjacentes, enquanto investigadores buscam pistas para identificar os responsáveis, até o momento desconhecidos.

Unidades policiais foram imediatamente mobilizadas para a área, coletando evidências e buscando pistas que levem à captura dos envolvidos. Vídeos divulgados nas redes sociais mostram a boate envolta em chamas, com a polícia afirmando categoricamente que se trata de um ato de terrorismo. No entanto, permanece incerto como a conclusão foi alcançada antes da conclusão das investigações.

O Equador enfrenta uma onda de pânico e terror desde a fuga do líder da principal quadrilha do país da prisão. O presidente Daniel Noboa, em resposta à crescente violência, decretou estado de exceção, reconhecendo um “conflito armado interno” e autorizando ações para “neutralizar” 22 grupos criminosos. Em meio à crise, soldados das Forças Armadas patrulham as ruas em veículos blindados, e um toque de recolher foi imposto das 23h às 5h pelos próximos dois meses.

O incêndio na boate, com suas trágicas consequências, levanta questões sobre a eficácia dessas medidas, indicando possíveis desrespeitos ao toque de recolher. Enquanto isso, as Forças Armadas detiveram pelo menos 70 suspeitos em todo o país, e o órgão responsável pelos presídios informa que 125 guardas e 14 funcionários administrativos estão sendo mantidos como reféns, agravando ainda mais a tensão em meio à crise que se intensifica desde a fuga do líder criminoso conhecido como Fito, ligado à facção Los Choneros.