Autoridades ucranianas denunciam “terror deliberado” em meio a escalada da ofensiva russa
Por Camila Fernandes | GNEWSUSA
Nesta terça-feira (23), pelo menos sete civis morreram, e dezenas ficaram feridos, como resultado de ataques aéreos intensivos conduzidos pelas forças russas, concentrando-se especialmente nas cidades de Kiev e Kharkiv, conforme declarado pelas autoridades ucranianas. A capital regional, Kharkiv, testemunhou um aumento nas vítimas, com o governador Oleg Sinegubov relatando mais de 50 feridos e um total de cinco mortes, alterando um balanço anterior de três óbitos e pouco mais de 40 feridos.
Imagens chocantes capturadas por um fotógrafo da AFP na manhã desta terça-feira(23), revelam socorristas em meio aos escombros de um edifício destruído, buscando sobreviventes e retirando feridos. Pavlograd, na região central de Dnipropetrovsk, registrou uma morte e um ferido, enquanto na região de Kherson, no sul do país, um idoso de 70 anos foi vítima fatal dos bombardeios.
A capital ucraniana, Kiev, também foi duramente atingida, com 22 pessoas feridas, conforme detalhou o prefeito Vitali Klitschko. Entre os feridos, 13 foram hospitalizados, incluindo três crianças, segundo as autoridades locais. O ministro do Interior mencionou uma pessoa em “estado de morte clínica” em um hospital, aguardando confirmação oficial.
Em meio ao caos, um bairro em Kiev testemunhou incêndios em edifícios e veículos, enquanto uma ogiva não detonada de míssil foi encontrada em um apartamento. O chefe da administração militar, Ruslan Kravchenko, relatou três pessoas feridas por fragmentos de mísseis na região.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, denunciou a nova série de bombardeios como um exemplo de “terror deliberado”, enquanto o primeiro-ministro Denys Chmygal assegurou que a Rússia “pagará pelo sofrimento e pela dor que causou”.
De acordo com o comandante em chefe do Exército ucraniano, Valeriy Zaluzhny, a Rússia disparou 41 mísseis contra a Ucrânia, sendo 21 interceptados pela defesa antiaérea. Diante dessa escalada, a Ucrânia apela urgentemente por mais meios de defesa antiaérea de seus aliados ocidentais para confrontar as tropas russas. Em resposta, Moscou negou ter atingido civis, alegando mirar exclusivamente alvos militares.
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