União Europeia lança aliança para combater o contrabando de drogas e o crime organizado

A Comissária de Assuntos Internos da União Europeia, Ylva Johansson. Foto: Getty Imagens.
Parceria destinará 200 milhões de euros para auxiliar as alfândegas e fortalecer a segurança nos portos europeus
Por Schirley Passos|GNEWSUSA

Nesta quinta-feira(25), a União Europeia, em parceria com as autoridades portuárias europeias, anunciou o lançamento de uma nova aliança público-privada. O objetivo principal é ampliar o conhecimento e o compartilhamento de informações para combater de forma mais eficaz o contrabando de drogas e o crime organizado no bloco.

A iniciativa ganha destaque em um momento em que as apreensões de cocaína na UE atingem níveis alarmantes, ultrapassando 300 toneladas métricas anualmente, conforme comunicado da UE. A comissária dos Assuntos Internos, Ylva Johansson, destacou a gravidade do problema, ressaltando que o crime organizado na Europa encontra nas drogas sua fonte de renda significativa.

Johansson enfatizou a importância da aliança durante uma coletiva de imprensa no porto belga de Antuérpia, que, no ano passado, registrou a apreensão recorde de 116 toneladas de cocaína, superando as 110 toneladas de 2022. A comissária atribuiu o aumento das apreensões ao reforço da presença policial no local, mas também alertou para um aumento no fluxo de entrada de cocaína.

A ministra do Interior belga, Annelies Verlinden, destacou a necessidade de uma Europa com uma rede robusta para combater efetivamente as redes criminosas. Com quase 70% de todas as apreensões de drogas realizadas pelas alfândegas ocorrendo nos portos europeus, a chefe da Europol, Catherine De Bolle, ressaltou que o tráfico de drogas ainda é o maior mercado criminoso na Europa.

Diante dessa realidade, a parceria, que conta com o apoio da Europol e da Eurojust, destinará 200 milhões de euros para auxiliar as alfândegas da UE. O foco é sensibilizar enquanto oferece suporte às autoridades portuárias, reconhecendo a importância crucial dos portos que contribuem com 75% dos volumes do comércio externo da UE, mas que também enfrentam vulnerabilidades significativas diante do contrabando de drogas e da exploração por redes criminosas de alto risco.

O CEO do Porto de Antuérpia-Bruges, Jacques Vandermeiren, alertou no ano passado sobre a necessidade de medidas para combater o crime organizado de drogas que impacta diretamente as empresas portuárias e seus trabalhadores.

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