
Bolsonaro negou ter recebido relatórios da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e desconhece supostos pedidos de seus filhos a Alexandre Ramagem
Por Nicole Cunha | GNEWSUSA
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou nesta segunda-feira (29), que é alvo de uma perseguição política promovida pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo ele, a operação deflagrada é uma tentativa de associá-lo a uma suposta “Abin paralela”. Alegou ainda que a operação é uma tentativa de associá-lo a uma “Abin paralela”.
“É uma falácia! Não existe Abin paralela para favorecer Bolsonaro, isso é um ponto final nisso. Se alguém na Abin fez alguma coisa de errado, investigava ilegalmente autoridades, tem que ser apurado, produzir provas contras e que eles respondam com base na Lei.” afirmou Flávio.
A Polícia Federal deflagrou uma nova fase da Operação Vigilância Aproximada, focada no vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). O ex-presidente e Flávio Bolsonaro abordaram o assunto durante a semana, destacando que seu filho prestará depoimento e negou qualquer envolvimento com a operação.
“Ninguém tá escondendo prova, ninguém tem medo de ser investigado. Nós não queremos sacanagem, nós não queremos perseguição. Nós queremos normalidade, queremos paz pra trabalhar e apenas isso.” – Flávio Bolsonaro.
Bolsonaro: “Estou sendo perseguido pelo Governo Lula”
Durante coletiva de imprensa, Bolsonaro reforçou que está sendo alvo de uma perseguição pelo governo de Lula. Ele alegou que não há fundamentos na investigação, comparando-a a uma “pesca em piscina”, afirmando que nada será encontrado.
“Eles querem me associar a essa ‘Abin paralela’ mas não vão encontrar nada. É uma pesca em piscina. Não vão tirar um peixe. Estou sendo perseguido pelo governo do Lula.”- afirmou o ex-presidente.
Bolsonaro contestou o horário da ação policial, alegando estar sem sinal de celular na praia da Joaquina, em Angra, às 6h. Questionou por que a PF chegou às 7h30 e não mais cedo. Também desmentiu a apreensão de um computador da Abin, classificando a informação como fake news.
“Eu estava sem sinal de celular. Somente por volta das 9h30 que soube dessa operação. Eu sempre saio bem cedo para pescar. A pergunta que fica é: por que a PF chegou por volta das 7h30? Por que não chegaram às 6h, como fazem?” – disse Bolsonaro.
Depoimento de Carlos Bolsonaro e segredo de Justiça
O ex-presidente informou que seu filho Carlos prestará depoimento na PF, enfatizando que o processo está em segredo de justiça. Bolsonaro negou orientações ao filho durante o depoimento, destacando a presença dos advogados para acompanhamento e orientação.
“Ele (Carlos Bolsonaro) vai prestar depoimento, já estava marcado a alguns dias. Poxa, que participação que ele tem na Abin paralela?“, indagou.
Em nota, a defesa do vereador afirmou que Carlos “não possui qualquer ligação com a Abin e tampouco solicitava e/ou recebia de pessoas vinculadas à agência qualquer tipo de informação e dados de terceiras pessoa”.
Relatos de perseguição pela imprensa
“Porque esta começando a se alastrar uma fake news da Polícia Federal paralela – essa que está vinculada ao Lula – porque o que está fazendo é perseguição política contra opositores.”
Flávio Bolsonaro falou ainda que grandes portais de notícias tem produzido matérias tendenciosas, sem qualquer tipo de provas, acusando a família de obstrução e destruição de provas. Entre elas, citou manchete do Metrópoles, onde é dito que “após pescaria, um Jet Ski não voltou à casa de clã Bolsonaro” e “Polícia Federal investiga se embarcação desgarrou da frota para transportar e esconder provas”.
“Isso aqui é uma narrativa absurda, e corrobora o que nós temos dito. O que aconteceu no domingo com o vereador Carlos Bolsonaro, no domicílio do ex-presidente Bolsonaro, é uma pescaria probatória, que é vedado pela nossa Legislação.” – disse.
O Senador acrescentou que, mesmo o alvo da Operação sendo apenas Carlos, apreenderam os aparelhos de todos os quatro Bolsonaro, e também dos seguranças de Eduardo Bolsonaro, que foram prontamente entregues, e posteriormente devolvidos pelo delegado responsável.
“Não tem obstrução de justiça ou destruição de provas, porque o alvo da Operação era o Carlos, e o que ele tinha em mãos, naquele momento, na residência ou com ele, foi tudo entregue. As duas linhas de telefone e o iPad. Então, não tem nem o que [..] dá destino de esconder.” completou o Senador.
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