
Ausência da nomeação do novo desembargador pelo presidente Lula impede o avanço do processo
Por Nicole Cunha | GNEWUSA
O julgamento que poderia cassar o mandato do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) foi suspenso na quinta-feira, após a nomeação do novo presidente do TRE-PR, Sigurd Roberto Bengtsson. A análise do processo, originalmente agendada para 8 de fevereiro, aguarda a posse do desembargador a ser indicado por Luiz Inácio Lula da Silva.
O impasse na cassação do mandato de Moro persiste devido à ausência da nomeação do novo desembargador por Lula. Sem essa indicação, o processo não pode ser levado adiante, deixando em suspense o futuro político do senador.
Plenário do Tribunal aguarda nomeação para o julgamento
Na noite de quinta-feira, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou a lista com candidatos a desembargador no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná. Entre os indicados estão Graciane Aparecida do Valle Lemos, José Rodrigo Sade e Roberto Aurichio Junior, sendo Sade apontado nos bastidores como favorito de Lula.
O caso de Moro será julgado pelo plenário do tribunal, que, conforme seu regimento interno, requer a presença completa dos sete desembargadores. A Justiça Eleitoral é temporária, formada por membros de diversas instâncias do Judiciário e da advocacia, com mandato de dois anos. Com a recente saída de três desembargadores, a composição do plenário está incompleta.
Defesa de Moro alega motivação política
Sergio Moro enfrenta acusações de abuso de poder econômico por gastos irregulares durante o período de pré-campanha em 2022. O PT e o PL protocolaram ações na Justiça Eleitoral, alegando que o senador realizou despesas excessivas antes da campanha eleitoral, totalizando cerca de 2 milhões de reais.
Durante o processo, Moro negou irregularidades, atribuindo as acusações a motivos políticos. Sua defesa argumenta que os gastos de pré-campanha à Presidência não devem ser contabilizados na campanha para o Senado, dada a diferença na abrangência dos cargos.
Caso haja uma cassação, caberá recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em Brasília. Se a condenação for mantida, novas eleições para o Senado no estado do Paraná serão inevitáveis. O desfecho desse processo continuará a impactar o cenário político brasileiro.
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