‘Meu maior sonho é voltar a caminhar e fazer a minha casinha’, conta pedreiro que trabalha com apenas uma perna

Após perder a perna em um acidente de carro, o jovem Diovane Henrique Sampaio, que mora em Piraquara (Paraná), poderia ter se entregado e desistido. Mas não. Ele ergueu a cabeça e passou a lutar ainda mais. Apesar da limitação, acorda cedo diariamente e trabalha como pedreiro, fazendo coisas que muitas pessoas que não têm nenhum problema de saúde conseguem. Seu sonho é poder voltar a andar normalmente, e ele está próximo de ver ele se tornar realidade.

A vida de Diovane mudou quando ele conheceu o empresário Carlos Alberto Raimundo Camargo, que iniciou uma campanha para a compra de uma prótese. Ele fez vídeos e se engajou para que o sonho se tornasse realidade. E essa história já rodou o mundo.

Inspirou inclusive uma matéria do Globe News USA. Mas a comunidade brasileira queria conhecer ainda mais a história. “Eu estava no Instagram e me deparei com o vídeo. Quando eu vi, me tocou, e tentei ajudar compartilhando para que ele tivesse essa prótese para poder trabalhar. Se sem a prótese ele ja faz isso, imagina com a prótese. Tenho certeza que vamos conseguir. Falta pouco. Você é um campeão que Deus colocou no mundo. Um cara vitorioso e precisamos de mais pessoas como você”, destacou Marilene Paiva, que compartilhou a história.

Em entrevista ao repórter investigativo Thathyanno Desa, Diovane e Carlos Alberto falaram um pouco sobre a campanha. “Me tocou muito que mesmo com a limitação, ele não deixou de lutar. Podia estar em algum lugar pedindo dinheiro, mas não. Está trabalhando, seguiu a vida dele. Seguiu trabalhando dignamente e eu pensava que tinha que fazer alguma coisa para ajudar ele”, contou o empresário, que relatou como conheceu o amigo.

“No dia 4 de agosto, eu conheci o Diovane. E todo mundo já passou por uma situação como a minha, de acordar cansado por ter uma noite mal dormida. Tinha um compromisso em Piraquara. E foi onde eu conheci o Diovane, que estava trabalhando justamente onde eu estava indo. Fui lá com a minha namorada e fiquei impactado com a cena que eu vi. A garra e a vontade que ele trabalhava naquele dia. Me deu uma lição de vida. E naquele momento, o meu dia mudou completamente. Tomei um choque de realidade. Vi que eu não estava cansado. Eu tenho certeza que naquele dia, se eu não conhecesse o Diovane, eu teria um péssimo dia. Mas ele me deu um choque de energia. Ele está sempre na disposição para trabalhar”, conta Carlos Alberto.

Foi então que ele decidiu que iria ajudar Diovane, e lançou uma vaquinha para comprar a prótese, que custa R$ 35 mil. O valor, inclusive, foi o menor encontrado, já que a peça chegou a ser orçada por até R$ 48 mil. Isso porque é necessária uma prótese especial, que aguente o serviço realizado por ele. E neste tempo, descobriram que se ele não conseguir esta prótese, poderá ter consequências gravíssimas.

“Quando a gente teve a ideia de lançar a vaquinha, uma empresa que abraçou a causa pediu um exame e um orçamento para ver quanto custaria a prótese. E constataram que pela situação que ele leva a vida, que é muito desgastante, não vai demorar muito, e ele vai lesionar a perna, vai ter uma trombose e ele corre o risco de perder essa perna também. E isso me motivou a abraçar com mais forca ainda. Ele joga todo o peso do corpo numa perna só. Carrega inchada, leva carrinho de mão”, conta Carlos Alberto.

O acidente de Diovane ocorreu há oito anos. E desde então, ele busca a aposentadoria por invalidez, mas ainda não teve resposta. “Eu vinha do serviço. Trabalhava a 80 km de casa. Naquele dia eu estava bem cansado. Saí de lá umas 10h30 da noite. Capotei o carro e a carreta veio e me pegou. Passou por cima da minha perna. Fiquei em coma. Tive muitas lesões no meu corpo. Tive minha bacia quebrada. quase perdi o braço. Mas a perna não teve outra opção senão amputar, porque teve trombose”, conta Diovane, que um ano após o acidente, voltou a trabalhar graças ao tio, que lhe deu uma oportunidade quando outras pessoas lhe fecharam as portas.

O jovem conta inclusive, que nunca imaginou que sua história chegaria tão longe, ainda mais nos Estados Unidos, onde ele deseja conhecer. “Nunca imaginei que ia chegar tão longe. Quando o Carlos Alberto me contou, eu não acreditei. Falei: ‘sério?’. Fico feliz de poder conversar com você”, falou para Thathyanno.

Já o sonho de Diovane é simples. “Eu tenho vários sonhos, mas o maior é voltar a caminhar e fazer a minha casinha. É pra isso que eu trabalho”, completa.

Quem quiser ajudar, pode entrar na vaquinha no site https://voaa.me/protese-pedreiro

Já quem quiser doar diretamente para Diovane, pode entrar em contato com Carlos Alberto pelo telefone 55 (41) 9.8743-2772.

Assista a entrevista com Diovane e Carlos Alberto

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