O diplomata em questão, ligado à secção comercial da embaixada, tem até o final da semana para deixar o reino, informou o ministério, explicando que “teve atos incompatíveis com o seu papel e a sua condição de diplomata”. O ministério não adiantou, no entanto, se este diplomata russo era a pessoa que estava com o norueguês detido no sábado pela PST num restaurante em Oslo.
O norueguês, um homem de 50 anos, trabalhava para a sociedade internacional de registos e classificação credenciada DNV GL e era especialista na verificação de instalações industriais e de meios de transporte. Segundo informações , o homem liderava um projeto industrial de impressão em 3D, mas não tinha autorização de segurança e não trabalhava em projetos para a indústria de defesa, as Forças Armadas norueguesas ou outras agências governamentais.
Depois de ser detido, o homem foi colocado sob custódia durante quatro semanas, sendo as duas primeiras em confinamento solitário total. Identificado como Harsharn Singh Tathgar, o detido admitiu aos investigadores ter entregado informações, em troca de dinheiro, mas assegurou que as informações não continham nada que prejudicasse os interesses da nação. Se for condenado por espionagem, o norueguês poderá ter de cumprir uma pena máxima de 15 anos de prisão.
No seu relatório anual de avaliação de risco, publicado em fevereiro, o PST alertou para os riscos de espionagem que pairam sobre vários setores da sociedade norueguesa (poder político, círculos económicos, de defesa e cientistas, entre outros), apontando o dedo à Rússia, à China e ao Irão. Nas últimas décadas, vários casos de espionagem pontuaram as relações entre a Noruega, Estado-membro da NATO, e a Rússia, país com quem partilha uma fronteira comum no Círculo Polar Ártico.
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