De acordo com um relatório divulgado pelo CIES (Centro Internacional de Estudos Esportivos) na ultima segunda-feira (12/02), nove clubes brasileiros estão entre os 100 que mais lucraram com suas categorias de base no período de 2014 a 2023. Essa posição coloca o Brasil como o país sul-americano que mais lucra nesse mercado, fora da Europa.
Flamengo, Palmeiras, Santos, São Paulo, Fluminense, Grêmio, Corinthians, Vasco e Athletico estão na lista dos clubes brasileiros que mais lucraram. Além desses, o ranking também inclui oito clubes argentinos, dois uruguaios, um equatoriano e um mexicano, enquanto as demais equipes são europeias.
O Flamengo ocupa a 13ª posição no ranking, sendo o primeiro clube sul-americano a aparecer na lista. Impulsionado pela venda de Vinícius Júnior em 2017, por 45 milhões de euros, o clube arrecadou um total de 228 milhões de euros no período analisado.
O Palmeiras é o segundo clube brasileiro mais bem colocado, ocupando a 28ª posição. O time lucrou 913,2 milhões de reais com a venda de jogadores como Gabriel Jesus, Danilo, Endrick, Gabriel Menino e Gabriel Veron.
Outros clubes brasileiros presentes na lista são o Santos (29º), São Paulo (31º), Fluminense (36º), Grêmio (40º), Corinthians (51º), Vasco (54º) e Athletico (66º).
No cenário sul-americano, o River Plate, da Argentina, aparece logo atrás do Flamengo na 14ª posição, com 223 milhões de euros em receitas provenientes das categorias de base.
A liderança geral do ranking é do Benfica, de Portugal, que faturou 2,77 bilhões de reais nos últimos nove anos. O Ajax, da Holanda, e o Lyon, da França, completam o pódio.
Segundo Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports Brazil, empresa que gerencia as carreiras de alguns jogadores, o Brasil se destaca nesse mercado devido à qualidade de seus jogadores. Ele ressalta que jogadores imprevisíveis e capazes de encontrar soluções em momentos de pressão são cada vez mais valorizados.
A venda de jogadores tem se tornado uma das principais fontes de receitas para os clubes brasileiros, devido à fragilidade econômica do país em comparação com grandes economias mundiais. A vulnerabilidade econômica faz com que os clubes brasileiros sejam mais propensos a aceitar negociações envolvendo seus jovens talentos.
Foto: Montagem / Reprodução.
Além da Europa, mercados emergentes do futebol, como os Estados Unidos, também estão de olho nas jovens revelações do Brasil. A venda do atacante Gabriel Pec, do Vasco, para o LA Galaxy, por 10 milhões de dólares, é um exemplo recente desse interesse.
Essa posição de destaque do Brasil no mercado de categorias de base reflete o investimento dos clubes na melhoria de suas estruturas e no desenvolvimento de jovens talentos, buscando valorizá-los desde a identificação até o momento da promoção para o time principal.
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