
Um caso de desrespeito ao consumidor e de ameaça a quem quer mostrar a verdade para a comunidade brasileira. Assim pode ser resumida a história da venda de um carro a um brasileiro, que quando buscou seus direitos, viu a loja se esquivar da responsabilidade.
Em abril, David de Oliveira Martins comprou um carro na Prime Auto Mall, cujo dono é Alexandre Oliveira. Ele pagou US$ 3,5 mil em um Mazda 2006, com pouco mais de 86 milhas rodadas. Três meses depois, ele precisou ir ao Brasil, e deixou o veículo com a amiga Andreza Moon, que após um tempo de uso, percebeu um barulho estranho. E por pouco esse barulho não se tornou uma tragédia.
Isso porquê a suspensão do carro estava quebrada. E para piorar, foi utilizado espuma para tapar o problema, dando o aspecto de que o veículo estava em excelente estado.
“Meu amigo David comprou um carro numa loja chamada Prime Auto Mall, há quatro meses. E esse carro, você olha pra ele, está perfeito, em perfeitas condições. Um carro ótimo. E ele teve que ir ao Brasil e deixou o carro comigo. E eu comecei a usar o carro. Há umas 3, 4 semanas atrás, eu comecei a notar um barulho. Como se fosse algo solto no porta-malas que começa a bater. Eu parava o carro, olhava e o barulho continuava. Ele então voltou há duas semanas, escutou o barulho, e como homem tem mais sensibilidade para esse tipo de coisa, levou ao mecânico. Ele levantou o carro e disse que o carro está condenado, porque arrebentou a parte da suspensão todinha. Foi maquiado. Já estava assim antes e colocaram espuma. Quando o mecânico levantou o carro eu fiquei chocada. Levei no carro, a minha filha, outras pessoas. Coloquei a vida de outras pessoas em risco. Essa roda podia arrebentar e capotar o carro. E Passou na inspeção. O dono da loja passou o carro na inspeção. E o que aconteceu? Tentamos o primeiro contato na segunda passada. Ele leu a mensagem, mas não falou nada. O David mandou uma segunda e ele não respondeu. Quando soube que o David ia lá, ele não foi na loja. Na sexta-feira, o David foi la, ficou horas esperando. Eu puxei o histórico do carro e ele nunca teve um acidente. O carro foi comprado num leilão e a gente não sabe o que teria acontecido. O que a gente quer é que a pessoa que vendeu o carro fosse profissional. Que entrasse em contato com a gente, pois como cliente, a gente tem direito”, contou Andreza.
David também contou a história:
“Precisava muito comprar um carro. Estava no meio da pandemia e precisava de um carro barato, econômico, que pudesse comportar as minhas necessidades. Na procura, cheguei até a Prime Auto Mall, onde conheci o Alex, que se apresentou como chefe da concessionaria, me apresentou os carros e me ofereceu esse. Um Mazda 2006. Aparentava estar tudo bem. Por dentro, pintura boa. Andei, estava aparentemente bom. E três meses depois, fui ao Brasil e o carro ficou com a Andreza, que andou com o carro com a filha, com amigos, com crianças. E o carro começou a apresentar um barulho, que a Andreza achou que fosse banco. O barulho parecia muito estar dentro do carro, e ela não se deu conta da gravidade do problema. Quando eu cheguei do Brasil, também achei que o problema fosse dentro do carro. Todos os dias eu viajava 40 minutos, ida e volta para ir ao trabalho. Não sabia de onde ouvia o barulho. Foi quando eu levei no mecânico e ele se deparou com essa coisa que a gente pode dizer que foi praticamente um crime, uma pessoa fazer uma coisa dessas. Emendar uma parte dessas que pode colocar em risco a vida das pessoas. Ficou muito claro que ele foi irresponsável. Eu procurei ele. Mandei mensagem com o vídeo para ele, perguntando o que ele achava daquilo. Ele em momento algum respondeu. Visualizou e não respondeu. Eu esperei. A Andreza levou no mecânico dela, e nada. Não tivemos resposta. Fui até a loja dele. O mecânico disse que o Alex já estava chegando. Eu fiquei quatro horas esperando e ele não apareceu. Fui no dia seguinte, e para a minha surpresa, não havia mais carros. Perguntei ao mecânico, e ele disse que não tinha visto o Alex. Eu perguntei onde estavam os carros e ele disse que não tinha ideia, que chegou e os carros não estavam ali. Então chegou um outro rapaz, perguntou qual era o problema. Eu falei, e o Alex estava no telefone com ele e não quis me atender. E esse rapaz vendo o video, disse que aquilo poderia ser consertado de novo. Me mostrou a falta de responsabilidade dessas pessoas. E então começamos a buscar ajuda. A Andreza, como foi a principal pessoa que poderia sofrer um acidente. Poderia ter acontecido uma tragédia. E buscando os papeis, eu lembrei que a vistoria do carro foi ele que fez. E isso é proibido. Eu fui na delegacia e eles me disseram que isso é proibido. E percebi que ele estava sendo mau caráter. Se fazia de amigo. Mau caráter, falso e covarde, por não se pronunciar, não dar uma posição do que tinha que ser feito. Agora temos que ir a Justiça. Resolver isso na Justiça, porque o Alex se acovardou, botou outras pessoas envolvidas. Se ele fosse homem o bastante para colocar a cara e falar, dar uma posição. Tanto dizer que iria devolver o dinheiro ou dar outro carro ou então dizer que nao tem nada a ver com isso. Não falou nada. Não me deu uma ligação. O jornalista que tentou falar com ele amigavelmente, ficou frustrado, porque o Alex mandou mensagem dizendo que não era o chefe e ligaria na manhã seguinte e não ligou, mostrando que é irresponsável”, relata.
O jornalista citado por David é Thathyanno Desa, o repórter investigativo do Globe News USA, que tentou contato com Alexandre. Ele mostrou a foto do carro e pediu para ligar para Alex, que disse que não era o dono da loja, mas apenas o gerente. Thathyanno então, mostrou um print de um depoimento de uma pessoa, citando Alex como o dono da loja. Além disso, ele prometeu ligar no dia seguinte, mas não o fez.
Ameaça
Foi quando Thathyanno foi surpreendido por uma mulher chamada Gisele Frágua, que se apresentou como ex-jornalista do Jornal A Semana. Ela deixou uma mensagem na redação, pedindo para ligar para ela. Menos de 30 minutos depois, ele retornou a ligação, e foi intimidado por ela.
Gisele afirmou que se Thathyanno contasse a história, ela iria expor a imagem dele no Jornal Brazilian Times e no Jornal dos Esportes. Thathyanno, por sua vez, entrou em contato com os proprietários dos jornais, que negaram ter dado autorização a ela para esse tipo de coisa.
Além disso, ela fez ameaças em mensagens, utilizando a seguinte expressão: “A língua é o chicote do corpo… Ou o peixe morre é pela boca mesmo…”
Enquanto isso, a reportagem do Globe News USA segue esperando pelo retorno de Alexandre, seja para a redação, ou para David, que aguarda uma posição como comprador.
Na quarta-feira, Thathyanno Desa irá entrevistar David e Andreza, que contarão os detalhes da história. A partir das 8 da noite,
Leve a court! Faça uma faixa bem grande e coloque na frente da loja! Seu direito de consumidor! Aqui não é brasil!