Presidente norte-americano espera trégua até segunda-feira, mas partes envolvidas discordam
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
Em declarações nesta terça-feira (27), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, expressou otimismo em relação a um possível cessar-fogo entre Israel e o grupo extremista Hamas na Faixa de Gaza até a próxima segunda-feira (4/3). No entanto, as partes envolvidas parecem discordar do prazo proposto pelo líder norte-americano.
Representantes do Hamas afirmaram que os comentários de Biden são “prematuros” e não refletem a atual situação na Faixa de Gaza. Segundo eles, ainda existem “grandes lacunas que precisam ser preenchidas” antes que se possa considerar uma trégua.
Um alto funcionário israelense também minimizou as chances de um cessar-fogo em resposta às declarações de Biden, questionando o “otimismo” do presidente norte-americano. Autoridades de Israel oficialmente afirmaram que o Hamas parece disposto a rejeitar a última proposta dos mediadores internacionais.
Biden, em um cenário inusitado para anúncios diplomáticos, mencionou durante uma visita a uma sorveteria em Nova York, após um evento político na última segunda-feira (26), que as negociações estavam se aproximando de um acordo para interromper as ações militares na região. “Meu conselheiro de segurança nacional me disse que estamos perto. Estamos perto. Ainda não terminamos. Minha esperança é que, até a próxima segunda-feira, teremos um cessar-fogo” declarou o presidente.
No entanto, os mediadores do conflito não compartilham a mesma certeza. Em uma coletiva, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Catar afirmou que não houve avanço significativo, apesar do otimismo mantido pelo país. Segundo ele, Israel e o Hamas ainda não conseguiram chegar a um acordo sobre questões fundamentais, solicitando cautela ao comentar as declarações de Biden.
Leia mais
Filho de Trump recebe ameaça de morte e carta com pó branco em sua residência
Presidente argentino, Javier Milei, manifesta apoio a Bolsonaro em evento na Avenida Paulista
Enchentes no Acre: mais de 11 mil afetados e governo federal intervém
Faça um comentário