
Juiz do tribunal superior de Londres determina que cientista da computação australiano não é Satoshi Nakamoto
Por Ana Raquel | GNEWSUSA
Uma decisão histórica tomada pelo Tribunal Superior de Londres na quinta-feira (14) trouxe um desfecho aguardado há muito tempo para a controvérsia em torno da identidade por trás do pseudônimo “Satoshi Nakamoto”, criador do bitcoin. O juiz James Mellor concluiu que Craig Wright, um cientista da computação australiano, não é o autor do white paper de 2008 que deu origem à criptomoeda.
Craig Wright, que há anos afirmava ser Satoshi Nakamoto, foi alvo de um processo movido pela Crypto Open Patent Alliance (Copa), que buscava impedir que ele processasse desenvolvedores de bitcoin. A Copa argumentou que Wright não possuía legitimidade para reivindicar a autoria do bitcoin, e o juiz concordou, classificando as evidências contra Wright como “esmagadoras”.
A decisão foi celebrada pela comunidade de código aberto e pelos desenvolvedores de bitcoin, que há anos enfrentavam a pressão e as alegações de Wright. A Copa, cujos membros incluem empresas proeminentes como a Block (Square), de Jack Dorsey, considerou a decisão uma vitória pela verdade e integridade da comunidade.
A acusação contra Wright incluiu alegações de falsificação de documentos e testemunhos, o que levantou sérias dúvidas sobre sua credibilidade. Apesar dos argumentos de sua defesa, o juiz Mellor não indicou se o caso seria encaminhado para acusações criminais por perjúrio e perversão do curso da justiça.
Essa decisão marca um ponto de virada na história do bitcoin e lança luz sobre a importância da transparência e integridade na comunidade cripto.
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