Flórida sanciona lei que restringe redes sociais para adolescentes

Foto: Reprodução. Joe Burbank/Associated Press
Medida visa proteger a saúde mental e o bem-estar dos jovens em meio a preocupações crescentes sobre os impactos negativos das redes sociais.
Por Schirley Passos|GNEWSUSA

O estado da Flórida está prestes a implementar uma das leis mais restritivas do país em relação ao uso de mídia social por menores, com a recente sanção de um projeto de lei pelo governador republicano Ron DeSantis. A legislação proíbe o acesso de crianças menores de 14 anos a plataformas digitais e exige a permissão dos pais para jovens de 15 e 16 anos.

Prevista para entrar em vigor em 1º de janeiro, a lei foi aprovada após um intenso debate sobre os possíveis impactos negativos das redes sociais na saúde mental e no bem-estar dos adolescentes. O projeto, que passou por algumas modificações desde sua proposta original, busca proteger os jovens dos riscos associados ao uso indiscriminado das redes sociais, como o cyberbullying e a exposição a conteúdos inadequados.

A nova legislação também exige que as plataformas de mídia social implementem medidas mais rigorosas de controle de idade e forneçam opções de controle parental mais robustas. Os pais terão a capacidade de monitorar e restringir o acesso de seus filhos a determinados conteúdos e interações online. Além disso, as redes sociais deverão disponibilizar recursos para denunciar abusos e fornecer apoio às vítimas de cyberbullying.

Embora outros estados tenham considerado legislações semelhantes, a lei do Arkansas foi bloqueada por um juiz federal em agosto. No entanto, os defensores da nova lei na Flórida estão confiantes de que ela resistirá a desafios legais, uma vez que se concentra nos recursos viciantes das plataformas de mídia social, em vez de restringir seu conteúdo.

O governador DeSantis reconheceu que a lei poderá enfrentar contestações com base na 1ª Emenda, que protege a liberdade de expressão. Ele também lamentou a recente derrubada de outra lei estadual, conhecida como “Lei Stop Woke”, que proibia empresas privadas de incluir discussões sobre desigualdade racial em treinamentos de funcionários.

A nova legislação foi aprovada por uma maioria esmagadora em ambas as câmaras do Legislativo da Flórida, com alguns democratas se juntando à maioria dos republicanos que apoiaram a medida. No entanto, os oponentes argumentam que a lei é inconstitucional e que o governo não deve interferir nas decisões dos pais em relação aos filhos.

Enquanto a nova lei se prepara para entrar em vigor, especialistas recomendam que os pais tenham conversas abertas com seus filhos sobre o uso responsável das redes sociais, estabeleçam limites apropriados e incentivem uma comunicação saudável e segura online.

A Flórida se torna pioneira na implementação de uma legislação restritiva em relação ao uso de redes sociais por adolescentes, e seu impacto será observado de perto por outros estados e países. À medida que a sociedade busca encontrar um equilíbrio entre o acesso às redes sociais e a proteção dos jovens, é fundamental considerar os desafios e benefícios associados ao uso dessas plataformas digitais.

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