Gastos excessivos desafiam equilíbrio fiscal em meio a arrecadação recorde
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
O governo Lula registrou um déficit primário de R$ 58,44 bilhões em fevereiro de 2024, conforme divulgado pela Secretaria do Tesouro Nacional. Esse valor é o mais alto para o mês desde 1997, indicando que as despesas superaram as receitas, evidenciando um desequilíbrio nas contas públicas.
No período em análise, a arrecadação federal alcançou um marco expressivo de R$ 186,5 bilhões, o maior registrado para o mês de fevereiro em três décadas. Contudo, apesar desse avanço na receita, os valores se mostraram insuficientes para fazer frente aos gastos do governo. Um dos fatores determinantes para esse descompasso foi a destinação de R$ 30 bilhões em precatórios, que representam dívidas do governo reconhecidas pela Justiça, adicionando uma pressão adicional sobre as finanças públicas.
Embora o Tesouro Nacional tenha ressaltado um superávit primário acumulado de R$ 20,94 bilhões nos dois primeiros meses do ano, é importante observar que esse montante reflete uma queda considerável em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando o superávit atingiu a marca de R$ 38,29 bilhões. Essa redução indica uma tendência preocupante de deterioração das contas públicas, colocando em xeque a sustentabilidade fiscal a médio e longo prazo.
O contexto de déficit primário em meio a uma arrecadação recorde evidencia a urgência de medidas que visem a eficiência na gestão dos recursos públicos e o controle dos gastos governamentais. O cenário econômico demanda uma abordagem responsável e transparente por parte das autoridades, buscando alternativas para promover o equilíbrio fiscal e garantir a estabilidade financeira do país. Enquanto isso, os desafios persistem, exigindo uma atenção contínua às políticas fiscais e um esforço conjunto para enfrentar os obstáculos que se apresentam no caminho para a recuperação econômica.
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