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Venezuelanos em terras distantes reivindicam participação nas eleições de sua pátria
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
Venezuelanos que estabeleceram residência no exterior estão erguendo suas vozes em protesto e, em alguns casos, recorrendo à greve de fome para destacar uma questão premente: o obstáculo que enfrentam para realizar o registro eleitoral e exercer seu direito democrático de votar em eleições no país que deixaram para trás.
Recentemente, em Buenos Aires, Argentina, cidadãos venezuelanos se reuniram em frente à embaixada de seu país, demandando a habilitação do registro eleitoral para garantir sua participação nas próximas eleições em julho. Alegam que o impedimento de se registrarem como eleitores os priva de um direito fundamental em qualquer democracia: o direito de escolher seus representantes.
“Estamos aqui para lutar pelos nossos direitos. Queremos ter a oportunidade de votar e escolher nossos representantes. É uma questão de democracia e justiça”, afirmou um dos manifestantes durante o protesto.
Em meio à crise econômica e social que assola a Venezuela, a diáspora venezuelana tem aumentado, com muitos buscando refúgio em países estrangeiros em busca de melhores condições de vida. No entanto, mesmo longe de casa, enfrentam barreiras para exercer seu direito ao voto. A falta de acesso ao registro eleitoral está gerando indignação e mobilização em comunidades venezuelanas ao redor do mundo.
Essa não é uma luta nova para os venezuelanos. Nos últimos meses, registros indicam milhares de protestos em todo o país, clamando por uma variedade de direitos. A crise interna, marcada pela escassez de alimentos, colapso econômico e hiperinflação, tem levado muitos ao limite da pobreza, incentivando ainda mais a busca por mudanças políticas.
O direito ao voto é o alicerce da democracia, e negá-lo aos venezuelanos no exterior não é apenas uma violação desse direito, mas também uma negação da liberdade de expressão e participação política. As autoridades venezuelanas devem reconhecer as demandas dos cidadãos no exterior e garantir o acesso ao registro eleitoral, assegurando que todos os venezuelanos possam exercer seu direito ao voto, não importando onde estejam geograficamente localizados.
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