Justiça americana congela contas de homem acusado de dar golpe da carteira internacional. Saiba como recuperar seu dinheiro

No último dia 15 de setembro, o repórter investigativo Thathyanno Desa denunciou, no Programa Lado a Lado com a Verdade, o caso de um grupo que vendia carteiras de motorista internacional de maneira ilegal. Na ocasião, ele entrevistou Bruno Almeida, o sócio da empresa, e Fernanda Lopes, advogada, que fazia os trabalhos. Ele também colocou no ar o policial brasileiro Rafael Faria, que trabalha no departamento de Marlborough, e que esclareceu a lei e deixou claro que o trabalho era realizado de forma ilegal, caracterizado como esquema.

Empresa oferece carteira de motorista traduzida e vende documento de maneira ilegal

Cerca de um mês depois, após uma longa investigação, Thathyanno trouxe novos detalhes do caso e uma boa notícia. Quem foi lesado pelo grupo, poderá receber o dinheiro de volta.

O Departamento de Polícia de Marlborough conseguiu uma ordem judicial e congelou a conta de Bruno Almeida. O valor, seria alto.

Para conseguir o dinheiro de volta, basta enviar um e-mail para Rfaria@marlborough-MA.gov, com um print do depósito feito para a compra da carteira.

Golpes no Brasil

Mas ao mesmo tempo que a Polícia de Marlborough conseguiu reaver os valores das pessoas lesadas, a investigação de Thathyanno garantiu novas informações. E a principal delas é que Bruno e Fernanda (que na verdade se chama Geizielle Coutinho) foram aos Estados Unidos após darem diversos golpes no Brasil.

Bruno se passava por biomédico, e atendia em uma clínica de Minas Gerais, onde lesou muitas pessoas. Tanto que um grupo no WhatsApp chamado “Queremos Justiça”, com cerca de 15 vítimas do golpista. As pessoas, inclusive, têm medo de dar entrevista, já que estariam sendo ameaçadas.

Thathyanno conversou com Erica (nome fictício), de Belo Horizonte, que revelou que conheceu Bruno em 2017. Ela contou que ele fez um estudo no rosto dela e indicou um tratamento com fios nas têmporas e na testa. “Ele não fazia o procedimento. Ele te atende, diz o tratamento que tem que fazer, e dá as marcações do rosto para outro profissional fazer esse tratamento. Fui levada a marcar no outro dia, que outra biomédica iria me atender. Não sei nem se é biomédica. Coloquei os fios nas minhas têmporas e na testa. Fez primeiro nas têmporas e dias depois eu tive um problema. As têmporas ficaram esverdeadas, inchadas. Fui até ele, perguntei o que era. E ele com a conversa fiada que é peculiar, disse que isso é muito comum com quem fez bariátrica. E eu disse que não era o meu caso, que eu nunca fiz uma bariátrica e que queria resolver aquilo. Então ele colocou uma prima da Paula para aplicar um soro que ele falou que ia limpar a têmpora. Enquanto isso, fui fazer a testa. E quem me atendeu foi a Paula, que se auto intitula biomédica, e que é esposa do Bruno. Ela fez a testa, mas continuei com o problema na têmpora. Então eu tive um problema de saúde e tive que interromper essa lavagem que ele fazia na minha têmpora. Então em 2018, encontrei o Bruno em outra clinica. Ali eu ja sabia de toda a falcatrua, que ele não era biomédico, que a Paula não era biomédica. E a Paula, quando mexeu na minha testa, tem pontos que pode deixar cego. Inclusive. eu gravei um áudio do bruno que ele assume que a Paula não é biomédica e que ia pagar um cirurgião para tirar os pontos da minha testa. Tem muita gente lesada. Ele disse que era para eu procurar um cirurgião plástico, que ele ia pagar o conserto. Depois ele sumiu do mapa. Desapareceram. Eu sei que ele tem processos trabalhistas. Processo civil e criminal não têm porque eles fugiram. Que eles saíram da clinica com problemas é fato e tem muita gente para comprovar isso”, revela a vítima.

“Eles cometeram crimes de saúde pública. Fomos lesadas fisicamente, financeiramente. Eu quero que eles paguem as pessoas que eles lesaram. Deram o golpe não só em Minas gerais, mas em outros lugares. Eu quero que essas pessoas sejam presas”, completa Erica.

Nas investigações foi descoberto que Geizielle, que se apresenta como Fernanda, era advogada de Bruno no Brasil. E que Washington, que estaria se apresentando como sócio da empresa de carteiras, é na verdade pai de Bruno. Já Paula é a mulher que garantia que tinha feito a carteira e que estava tudo certo.

Confira a entrevista completa

1 Comentário

  1. Conheço a ana paula e o bruno, sei aonde mora o pai dela que morreu esta semana de corona virus, tenho ate a placa do carro dele, um carro preto crysler importado. O nome do pai dela ( ana ) é agrimaldo. Casa do pai dela é perto do 14 batalhão de Polícia Militar em ipatinga mg bairro Canaã

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