Desastre natural afeta mais de 10 mil residências na Russia e mobiliza esforços de resgate em várias regiões

Enchentes devastadoras na Rússia: Uma crise sem precedentes

Por Carla Pereira/GNEWSUSA

Nas últimas semanas, a Rússia enfrentou um dos seus maiores desastres naturais em décadas, com enchentes recordes afetando mais de 10 mil residências nas regiões de Orenburg, Urais, Volga e Sibéria Ocidental. As enchentes, resultantes de fortes chuvas, levaram à evacuação de milhares de pessoas, incluindo mais de 1,4 mil crianças, principalmente da região de Orenburg, na fronteira com o Cazaquistão.

“Até esta segunda-feira, 8, não há registros de vítimas relacionadas ao desastre”, informaram as autoridades, destacando a gravidade da situação, mas também os esforços eficazes de evacuação e resgate. A cidade de Orsk, a segunda maior da região de Orenburg, foi uma das mais afetadas, com o rompimento de uma barragem perto do rio Ural elevando o nível do rio de 16 centímetros para 872 centímetros.

O governo regional estimou o dano total causado pelas enchentes em cerca de 21 bilhões de rublos (227 milhões de dólares). Diante da magnitude do desastre, o ministro de Situações de Emergência da Rússia, Alexander Kurenkov, propôs: “Classificar a situação na região de Orenburg como uma emergência federal e estabelecer um nível federal de resposta“. Esta medida visa intensificar a assistência e coordenação federais aos esforços estaduais e locais.

O presidente russo, Vladimir Putin, discutiu a situação com Kurenkov e os chefes das regiões de Kurgan e Tyumen, afirmando “a necessidade de adoção antecipada de medidas para ajudar as pessoas e sua possível evacuação”. Embora Putin não planeje visitar o local, seu porta-voz, Dmitri Peskov, alertou que a situação “vai piorar ainda mais”.

A agência meteorológica oficial da Rússia, Rosguidromet, anunciou um pico de enchentes na cidade de Orenburg e arredores para quarta-feira, 10. “Há muito tempo que não víamos tanta água em Orenburg. A última inundação deste tipo data de 1942”, disse o prefeito Sergei Salmin, evidenciando a escala sem precedentes do desastre.

As enchentes foram atribuídas a fortes chuvas combinadas com o aumento da temperatura, degelo crescente e a quebra do gelo invernal que cobre os rios. Além disso, a grande cidade de Tyumen, capital da região homônima, também pode ser afetada, segundo o vice-ministro das Emergências, Viktor Iatsutsenko.

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