
Ex-assessor de Bolsonaro é alvo de pedido da Procuradoria Geral da República para fornecer informações sobre suas entradas e saídas do país norte-americano
Por Carla Pereira|GNEWSUSA
A Procuradoria Geral da República (PGR) solicitou formalmente que Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), autorize o governo dos Estados Unidos a acessar suas informações de viagens para dentro e fora do país. Essa requisição surge após o Departamento de Estado norte-americano recusar-se a fornecer tais dados sem a devida autorização do próprio Martins e em resposta a um ofício emitido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Segundo a PGR, o ex-assessor de Bolsonaro, que está detido desde 8 de fevereiro de 2024, precisa autorizar a consulta de suas movimentações nos Estados Unidos. Isso ocorre no contexto da operação Tempus Veritatis, na qual Martins foi preso com base no argumento da Polícia Federal de que ele estava foragido e poderia tentar fugir do país. Contudo, quando a ordem de prisão foi emitida, a PF conseguiu localizá-lo sem dificuldades.
Após a manifestação do Departamento de Estado dos EUA, Paulo Gonet, procurador-geral da República, recomendou que Alexandre de Moraes solicite cooperação internacional ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. Gonet argumenta que as informações solicitadas pelo governo dos EUA são do interesse de Filipe Martins e poderiam fortalecer a defesa do ex-assessor.
A defesa de Martins expressou sua consternação com o que chamou de “ilegal inversão do ônus da prova” e afirmou que apresentou evidências de que ele permaneceu no Brasil em dezembro de 2022, incluindo uma resposta oficial da Alfândega americana. Agora, o parecer da PGR aguarda análise por parte de Alexandre de Moraes nos próximos dias. Desde sua prisão, Filipe Martins está detido no Complexo Médico Penal de Pinhais (PR), o mesmo utilizado para os presos da operação Lava Jato.
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