O índice de inflação nos EUA atinge 2,7% em março, segundo o PCE

Indicador de preços de consumo pessoal é usado pelo Fed para definir taxa de juros do país
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA 

O PCE ( índice de preço de consumo pessoal ), um dos principais indicadores de inflação dos Estados Unidos, ficou em 2,7% em março, em relação ao mesmo mês de 2023, informou o BEA (Departamento de Análises Econômicas) do país na última sexta.

No chamado núcleo do PCE, que exclui gastos com comida e energia, o índice foi de 2,8%, mesmo número de fevereiro. A alta de preços foi puxada principalmente pelo encarecimento dos serviços.

Em fevereiro, a taxa anualizada havia sido de 2,5%. O indicador vem oscilando nesta faixa desde novembro, quando também estava em 2,7%.

Na comparação com o mês anterior, houve estabilidade: o índice subiu 0,3% em março ante fevereiro. Há um mês, o patamar era similar. No indicador que exclui gastos com comida e energia, o valor também foi de 0,3%.

O mercado fica de olho neste índice por ele ser um dos principais termômetros do Federal Reserve (Fed, banco central americano) para medir a inflação do  — que, enquanto não atingir a meta de 2%, sustentará a taxa de juro em patamares elevados.

Na quinta, 24, foram divulgados dados do PIB: no primeiro trimestre, a economia americana cresceu 1,6%, uma desaceleração frente às expectativas do mercado. Apesar do freio no consumo, a inflação se manteve estável, o que gera preocupações em analistas.

Os consumidores continuam dispostos a gastar embora sejam mais cautelosos face aos preços elevados, disse o economista-chefe da EY, Gregory Daco, à AFP. “Olhando para o futuro, vemos a economia arrefecer suavemente à medida que a moderação da demanda de mão de obra e dos aumentos salariais, a inflação persistente e as condições de crédito restritivas limitam a atividade do setor privado”, afirmou.

“A leitura do PCE deve apenas confirmar a recalibragem das expectativas que ocorreram em abril e agora apostam que o início do ciclo de cortes de juros só irá acontecer no final do ano e provavelmente será mais tímido (com a redução de 0,5 ou 0,25 ponto porcentual),” aponta Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad. “Apesar dos números virem um pouco acima das expectativas, não houve reação visível nos mercados após a divulgação.”

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