Governo Lula aponta povo brasileiro como principal problema do país

Executivo culpa o Congresso eleito por não conseguir implementar uma agenda que a maioria da população rejeita

Por Gilvania Alves|GNEWSUSA 

A crescente tensão no cenário político brasileiro tem gerado uma reflexão alarmante entre os observadores: será que o verdadeiro problema do Brasil é o próprio povo brasileiro? Esta é a visão que parece permear o discurso do atual governo, liderado por Lula, ao criticar o Congresso Nacional e, por extensão, os eleitores que os colocaram no poder.

De acordo com essa perspectiva, o Congresso Nacional é o grande empecilho para a implementação das políticas do governo. “Esse Congresso que está aí” é visto como um reflexo de um eleitorado que, supostamente, não compreende os benefícios do “processo civilizatório” promovido pelo sistema atual. Em outras palavras, a população estaria eleita incorretamente, dificultando assim o avanço de propostas como a “saidinha” de criminosos, penas severas para fake news, e a expansão de terras indígenas.

Essa crítica não para por aí. O governo vê duas “doenças terminais” no Congresso: a primeira é a infidelidade de 350 dos 513 deputados, e a segunda, o fato de que esses representantes realmente representam os desejos do povo. Para o governo, o povo brasileiro estaria equivocado em seus desejos e, portanto, elegeria um Congresso igualmente equivocado, prejudicando o “projeto de país” defendido pela administração Lula-STF.

A semana passada foi marcada por uma derrota significativa para o governo no Congresso, evidenciando essa desconexão. A reação dos militantes do regime tem sido de negação, não admitindo que suas derrotas legislativas possam estar relacionadas às ações que praticam. A culpa, segundo eles, seria dos “outros” – o povo e seus representantes eleitos. Esta visão gera uma irritação profunda e neurótica com a população, que não pode ser expressa diretamente, mas se manifesta na constante acusação de que o Congresso atual é o verdadeiro vilão da nação.

O crime inafiançável da maioria dos deputados e senadores, na visão do governo, é serem rotulados como de “extrema direita”. “A direita simples, na sua opinião, nem existe mais”, argumenta o Executivo. Ser de direita, segundo essa lógica, é ser contra a democracia, e, portanto, não deveriam estar no Congresso. No entanto, não existe nenhuma lei no Brasil que proíba alguém de ser de direita, esquerda ou centro. Mas o pensamento oficial vigente considera isso uma “tara política” incurável, que leva os direitistas a usar as eleições para serem eleitos democraticamente e, uma vez eleitos, utilizarem a democracia para “acabar com a democracia”.

Na prática, o Congresso Nacional reflete a diversidade e complexidade da sociedade brasileira. É composto pelo Partido Ruralista, Partido Evangélico, Partido da Polícia, e até pela Frente Nacional de Lutas Contra o Erário. Ele não é uma entidade homogênea de direita ou esquerda, boa ou ruim, mas sim um retrato fiel do Brasil atual, com todas as suas contradições e pluralidade.

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