
No dia 1º de outubro, o GN USA WEBTV trouxe a história da brasileira Adriana Rita, que revelou ter sido estuprada quando esteve nos Estados Unidos. A mineira de Belo Horizonte morou em Rutland e Brockton, na região metropolitana de Boston, há cerca de dois anos, quando foi atacada por dois brasileiros.
Em entrevista exclusiva ao repórter investigativo Thathyanno Desa, no programa Lado a Lado com a Verdade, Adriana contou que após chegar aos Estados Unidos, ficou cerca de 4 meses sem contato com brasileiros. Foi quando conheceu uma mulher, para quem realizada faxinas. Foi ali que o inferno começou.
“E essa pessoa se passou como minha amiga e me apresentou para dois amigos dela. E no dia que ela ligou, ela disse que tinha uma novata, uma recém-chegada e eu não vi maldade. Eu estava marombada, eu malhava muito pesado, estava com o corpo todo definido, estava muito bonita. E ela ligou para os amigos dela e insistiu para eles irem na casa dela para me conhecer. E passado uma semana, ela me convidou para ir em uma festa na casa deles”, conta.
A mulher, porém, não foi na festa, realizada na casa do mecânico Fernando Bié, alegando que precisava comprar um aspirador de pó em uma liquidação. Desta forma, apenas Adriana foi. “Combinaram de mandar um Uber porque eu estava sem carro. Minha filha perguntou se eu queria ir, e eu disse que queria ir para conhecer brasileiros. Ela não quis ir. Disse que o coração dizia para não ir. O Uber me levou, e eram todos brasileiros. Moravam muitas crianças na casa. Me senti segura, confortável. E um desses rapazes alugava um quarto e morava com a filha de 11 anos, eles passaram pelo México. E ele pediu para eu fazer uma trança no cabelo da filha”, contou.
Esse homem que estava com a filha, se apresentou na fronteira como Cristiano Lima, mas o nome verdadeiro é Cristiano Fernandes de Lira. “Eu fui no quarto e fiz a trança. Eu já tinha tomado três long necks Corona. Quando eu voltei, ele disse ‘sua cerveja está aí, aberta’. Eu não vi maldade, tomei, tomei outra, e comecei a me sentir muito mal, como bêbada, mas cinco cervejas não deixa ninguém bêbada de cair. Eu disse que estava passando mal e queria ir embora. O Fernando me deu boa noite, disse que ia dormir. E o Cristiano seguiu atrás do Fernando, e voltou com uma chave na mão, a chave da oficina. Como eu não vi o Fernando dar a chave, eu tenho certeza que ele subiu atrás do Fernando para pegar a chave”, relembra.
Para dar carona a Adriana, Cristiano pegou a chave do carro de um outro brasileiro, chamado Marcos Domingos. “Me ajudou ainda a descer a escada. Estava tão bêbada que eu não conseguia andar. Me ajudou a descer, me sentou no banco do carona, foi no banco do motorista e estava me levando. Eu achava que ele estava me levando para casa. Mas no meio do caminho ele parou na oficina. Ele parou o carro em frente à oficina. Eu perguntei onde estávamos indo, e ele disse que estava indo pegar uma coisa dele, mas era coisa rápida. E nessa hora eu senti outra pessoa atrás de mim. E era o Marcos, o dono do carro. E o Cristiano estava com o controle do portão da garagem. Ele entrou com o carro e ele fechou o portão. Eu lembro que já desci do carro sem a minha bota. Estava frio. Sem a meia calça, eu estava de vestido. Os dois me ajudaram a descer do carro e me sentaram. Ele começou a fazer coisas comigo. À princípio, o Marcos ficou só olhando. Ele [Cristiano] me estuprou, e eu não tinha como sair. Eu estava tão drogada que não tinha como reagir. Prendeu as minhas pernas também. Não tinha como reagir. Eu pedia ajuda, e o Marcos estava só observando e rindo. Depois colocou a mão dentro da calça e veio para o meu lado. Quando o Cristiano estava me estuprando, o Marcos colocou o pênis na minha boca e quase me sufocou”, revela Adriana.
“Essa patroa me vendeu pra eles. Tenho quase certeza disso. Tem bandidos, fugitivos do Brasil aí. Em Boston, na Califórnia, em Miami. Está cheio de bandidos, estupradores. Ladroes. Brasileiros lixo. A escória de Minas Gerais. Não foi à toa que ela me convidou para essa festa e ela não compareceu. Eu fui de ingênua”.
Thathyanno revelou a Adriana e aos espectadores, que Marcos foi preso e condenado em Rhode Island. E contou também que segundo informações que ele recebeu, há um grupo organizado para pagar a fiança de Marcos.
“O advogado do Marcos inventou uma história surreal, que eu estive com a minha filha há cinco anos na Disney, e disse ao juiz que eu acusei alguém na Florida de estupro. Isso é absurdo. Disse que o marcos era uma vítima que eu estava acusando. Eu fui à Florida gastar dinheiro. Isso é mentira”, contou Adriana.
Já Cristiano, segue foragido. Ele teria fugido pela fronteira com o México, e teria sido visto em São Geraldo do Baixio, na região de Governador Valadares. Segundo Adriana, ele abriu uma empresa para consertar computadores. “Quem deve não teme, se não ele devesse, não teria fugido”.
“Vocês mulheres que são vítimas. Ninguém tem o direito de tocar em você. Não é não. Tem que ter justiça. Eu não fui ai para transar. Eu quero que o Cristiano seja julgado nos Estados Unidos. Porque no Brasil não tem lei. E não foi só comigo. Depois que eu tive coragem de expor meu caso, apareceram outras vítimas. Mas como elas passaram pelo México, tiveram medo de se expor. Porque eu estaria mentindo? Para ficar famosa? Eu não fui aí para ser estuprada. Isso aconteceu comigo. Pode acontecer com qualquer uma. Beber não é crime. Estuprar é crime”, conta a vítima.
“Fiquei inchada de tanto chorar. Estou em tratamento psiquiátrico e psicológico até hoje. Minha filha me viu chegar em casa seminua. Meu cabelo caiu todo por causa da depressão. Porque eu iria inventar uma história dessas? Minha filha perguntou o que tinha acontecido e eu estava com vergonha. Eu dizia, cuidado com festa. E eu, uma mulher de 40 e tantos anos, caí na armadilha”, continua Adriana.
“As mulheres tem que abrir o olho. São humilhadas, mal tratadas, colocadas para fora das casas no meio da neve. Tem mulheres guerreiras, mas tem muita dona de schedule que fica aliciando mulheres, vendendo drogas. Tem muita mulher honesta. Conheci mulheres guerreiras, mas conheci algumas vagabundas. Tem uma tal de Fernanda Pimenta que criou um grupo para me difamar. Isso não pode nem ser chamada de mulher. É um lixo. Deus sabe o que eu estou passando. E ele vai fazer justiça. Na justiça do homem eu não estou acreditando”, completa.
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