Protesto violento anti-Israel em Los Angeles gera polêmica e investigação

Reprodução.
 Protesto perto de uma sinagoga em Los Angeles se transforma em violência, levantando preocupações sobre antissemitismo e gestão de protestos.
Por Camila Fernandes | GNEWSUSA

 

Em 23 de junho, um protesto contra Israel perto da sinagoga Adas Torah no bairro Pico-Robertson, em Los Angeles, se transformou em violência. O protesto, inicialmente destinado a se opor às ações de Israel contra o Hamas, degenerou em caos quando os manifestantes enfrentaram os frequentadores da sinagoga, tentando bloquear sua entrada e assediá-los. O incidente resultou em pelo menos uma prisão e uma forte condenação de vários oficiais.

O protesto coincidiu com manifestações globais em apoio aos palestinos após o ataque do Hamas a Israel, que resultou na morte de 1.200 pessoas e no sequestro de centenas, incluindo americanos. A violência em Los Angeles provocou uma forte reprovação do presidente Joe Biden, que condenou a intimidação dos fiéis judeus como antissemita e antiamericana.

Adam Swart, CEO da Crowds on Demand, criticou o impacto do protesto, argumentando que ele afasta potenciais aliados, especialmente judeus americanos que podem se opor às políticas do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, mas não apoiam táticas violentas. Swart enfatizou que tais ações desviam da causa palestina e, em vez disso, criam mais divisão.

“Isso não é mais sobre a Palestina”, ele disse. “Isso é uma desculpa de ‘multidões anarquistas’ para cometer violência e destruição de propriedade e, de alguma forma, justificar isso por trás do sofrimento de pessoas a 8.000 milhas de distância que não ganham absolutamente nada com suas ações.”

Apoiadores israelenses e palestinos entram em confronto do lado de fora da sinagoga de Los Angeles
Apoiadores de Israel entram em confronto com manifestantes pró-palestinos bloqueando o acesso à sinagoga judaica ortodoxa Adas Torah, em Los Angeles, em 23 de junho de 2024. (David Swanson/AFP via Getty Images)
polícia com equipamento de choque entra em confronto com manifestantes
Policiais com equipamento antimotim são vistos tentando restaurar a ordem na cena de uma altercação violenta entre apoiadores de Israel e palestinos do lado de fora da sinagoga Adas Torah em Los Angeles. (Getty Images)

Manifestantes e membros da comunidade criticaram a prefeita de Los Angeles, Karen Bass, e o LAPD por não impedirem a escalada. A sinagoga Adas Torah sugeriu que uma abordagem mais proativa, como inicialmente separar os manifestantes e contra-manifestantes, poderia ter evitado a violência. Apesar disso, Swart destacou o desafio para a polícia em equilibrar a proteção da liberdade de expressão com a necessidade de prevenir ações violentas. “O desafio é quando isso se torna permissivo para atividades violentas”, ele disse. “A polícia está olhando para isso como um protesto pró-palestino, então temos que tratar isso como um protesto em vez de uma multidão, uma multidão racista atacando os transeuntes. Como alguém que organiza protestos para viver, eu odeio ver isso ser chamado de protesto.”

O procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, anunciou uma investigação federal sobre o incidente, envolvendo o Departamento de Justiça, o FBI e o Escritório do Procurador dos EUA para o Distrito Central da Califórnia. Garland tranquilizou a comunidade judaica quanto ao compromisso do governo com sua segurança e a investigação minuciosa de crimes antissemitas.

“Deixe-me prometer à comunidade judaica que este Departamento de Justiça fará tudo ao seu alcance, trabalhando com parceiros federais e estaduais e locais, para garantir a segurança da comunidade”, disse ele durante uma entrevista coletiva sobre crimes antissemitas. “E como procurador-geral, farei tudo ao meu alcance para fazer isso.”

 

 

 

 

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Sobre Camila Fernandes / CEO-Brasil 615 Artigos
Jornalista, ela traz consigo uma rica bagagem de experiência e conhecimento no campo da comunicação. Sua dedicação à profissão a consolidou como uma profissional de destaque, cuja paixão pela verdade e pela narrativa precisa a define. Além de suas realizações no jornalismo, Camila também é a CEO da agência de marketing Authentic Media. Seu papel como líder empresarial destaca-se pela capacidade de combinar visão estratégica e criatividade, impulsionando sua agência para o sucesso. Formada em marketing Digital, atualmente Graduanda em Publicidade e Propaganda, ela continua a se aprimorar academicamente, mantendo-se atualizada com as últimas tendências e inovações no mundo da comunicação e do marketing. E desde 2023 faz parte do time de jornalistas do Gnewsusa. Adicionalmente, é importante ressaltar que Camila Fernandes desempenha o papel de CEO-Brasil no Jornal GnewsUSA, reforçando sua presença e influência no cenário da comunicação e do jornalismo.

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