Ex-patroa de Lídia Borges conta detalhes da vida da jovem que foi assassinada

Uma pessoa bondosa, alegre e cheia de vida. Assim a amiga e ex-patroa de Lídia Borges, descreveu a jovem que foi assassinada em dezembro, em South San Francisco. Em uma edição urgente do programa Lado a Lado com a Verdade, o repórter investigativo Thathynno Desa falou com Sueli Silva, mora na California há 5 anos, e trabalha como housecleaner.

Ela contou que conheceu Lídia quando colocou em um grupo que precisava de uma helper, e Lídia entrou em contato, dizendo que precisava trabalhar. Disse que trabalharia de graça, para poder aprender o trabalho. Sueli, então, disse que a levaria, mas que iria receber normalmente, como qualquer outra pessoa.

“Ela pegava as coisa muito rápido. Muito inteligente. Como trabalhamos muito tempo, nos tornamos amigas íntimas. Depois ela buscou outros trabalhos e conheceu a Andressa. Ela fez uma proposta boa para ela. Um dia ela ligou para mim e disse que estava indo morar em San Francisco. Eu perguntei o porque, e ela me disse que a patroa dela, a Andressa, estava indo morar em San Francisco, e elas iam morar juntas. Elas e a Barbara, que era a helper da Andressa. Que ia se mudar porque o trânsito estava muito pesado, pela ponte, e para ficar mais próxima das casas que ela trabalhava. E nós nos falávamos por telefone. Ela me ligava de manhã. A primeira coisa que ela falava era ‘bom dia, flor do dia’. Nós passamos o aniversário dela juntas em outubro de 2018, e em novembro, fomos para Hawaii. E ela estava muito feliz. E por último, passei o segundo aniversário junto com ela. Fomos a um restaurante. Alguns amigos dela estavam, e não era possível juntar todos, pois ela tinha muitos amigos. Por onde ela passou, ela deixou um rastro de amigos muito grande. Ela nunca maltratou uma pessoa. Nunca falou com voz alta com ninguém. Isso que foi dito, que ela não tinha amigos, não é verdade. Ela era muito querida”, conta.

Thathyanno perguntou se Lídia havia contado para Sueli de algum namorado, e ela disse que sim, que a jovem falava sobre algumas pessoas, mas que não havia ouvido falar em Geraldo, até o crime. “Se eu soubesse, eu teria dito para ela que não era esse o cara. Ela ficou com ele uma ou duas vezes só, ele não se conformou de receber um não como resposta, e acabou fazendo o que ele fez”.

Thathyanno perguntou se Lídia havia contato os sonhos, e Sueli disse que sim, que um deles era fazer uma pousada em Caldas Novas (MG). “Ela havia comprado uma chácra lá, estava bem feliz. Iria construir uma pousada para ter uma renda quando fosse embora e cuidar da mãe dela. Chegou a murar o terreno. Era o sonho dela, cuidar de dez velhinhos. Eu dizia que ela iria me cuidar. Ela dizia que queria casar, mas não por documentos, e sim por amor. Eu sou mãe solteira, e ela me ajudava com a minha filha. Não tem como não ficar indignado ao ouvir que a Lídia não tinha amigos”, revela Sueli.

Na entrevista, Thathyanno perguntou o que Lídia falava sobre a convivência dentro da casa com Andressa e Barbara. “No decorrer do tempo, ela não falava nada. Normal. Mas uns 15 dias antes do acidente, ela me ligou, porque eu sempre peguei no pé dela para ela ter um schedule. Eu dizia que estava da hora de trabalhar para ela. Ela me ligou 15 dias antes, e me contou que tinha uma novidade. Que havia parado de trabalhar para a Andressa e que havia começado a trabalhar para ela. Fiquei tão feliz. Festejei em casa sozinha no telefone com ela, mas perguntei, se como ela era uma funcionária exemplar, que só mandava o dinheiro para a conta da Andressa, ela não deveria ter ficado feliz, e perguntei como estava o clima. E ela disse que não estava bom. ‘Não está nada bem’. ‘Ela não gostou, questionou, mas vou ficar’ [na casa].

Além disso, contou que em outras situações, não havia deixado de trabalhar Andressa, para ajudar Barbara, “A Lídia foi uma mãe para essa Barbara. Ela se preocupava com ela. Ela dizia, que não podia sair e deixar a Barbara para trás. Agora essa Barbara não me atende o telefone”.

Sobre o quarto de Lídia, que foi imediatamente desfeito pelas amigas, Sueli trouxe novos detalhes. “A Lídia tinha um colar que usava o tempo todo, desde que eu conheci ela. Era um cavalo com uma ferradura, de ouro maciço. O pai dela fez dois, um para ele e um para ela. Foi na formatura dela. Chamava a atenção de todo mundo. Esse colar sumiu. Junto com outras coisas. Não estou dizendo que alguém roubou, mas sumiu”, completa.

Confira a entrevista completa:

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