OMS e OPAS informam sobre aumento de casos e investigam transmissão vertical do vírus; seis casos atuais estão sob análise com registros de anomalias congênitas e mortes fetais.
Por Schirley Passos|GNEWSUSA
A Organização Mundial da Saúde (OMS) foi informada pelo governo brasileiro sobre os primeiros casos de morte por febre oropouche no país, durante uma reunião da Sala de Situação de Arbovirose do Ministério da Saúde. O encontro, que ocorreu na quarta-feira (24), contou também com a presença de representantes da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), que é o braço da OMS para as Américas.
Além disso, o Departamento de Emergência em Saúde Pública, responsável pela regulação sanitária internacional, também foi notificado sobre a situação da febre oropouche no Brasil.
A OPAS emitiu um alerta epidemiológico sobre o aumento de casos de febre oropouche no Brasil e em mais quatro países: Bolívia, Peru, Cuba e Colômbia. A organização observa que as mortes devido a essa doença são extremamente raras e o Ministério da Saúde confirmou que os dois óbitos registrados na Bahia esta semana são os primeiros do mundo relacionados à febre oropouche.
A OPAS também informou que o Brasil é o único país a relatar possíveis casos de transmissão vertical do vírus Oropouche, ou seja, a transmissão do vírus de mãe para feto durante a gravidez.
A única observação semelhante anterior ocorreu durante um surto em Manaus entre 1980 e 1981, quando o vírus foi detectado em nove mulheres grávidas, resultando em dois abortos.
Atualmente, seis casos estão sob investigação em 2024, em Pernambuco, Acre e Bahia. Desses, dois resultaram em morte fetal, um em aborto espontâneo e três apresentaram anomalias congênitas, incluindo microcefalia.
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