Identificação das vítimas do acidente aéreo em São Paulo avança: 17 corpos confirmados até agora

 Instituto Médico Legal libera 8 corpos para familiares e continua o processo de identificação e documentação de outros nove.

Por Schirley Passos|GNEWSUSA

No ultimo domingo(11), familiares das 62 vítimas do trágico acidente aéreo ocorrido na última sexta-feira(9), em Vinhedo, São Paulo, se reuniram em um necrotério e em hotéis da cidade, enquanto peritos forenses trabalham para identificar os restos mortais.

Até a manhã de hoje, 12 de agosto, a Unidade Central do Instituto Médico Legal (IML) havia identificado 17 corpos, dos quais oito foram liberados para os familiares. Outros nove corpos estão em processo de documentação para posterior liberação.

Acidente vitimou 58 passageiros e 4 tripulantes. Foto: Reprodução.

O IML continua a trabalhar exclusivamente na identificação dos corpos das vítimas do acidente com o ATR 72 da Voepass Linhas Aéreas, que caiu enquanto se dirigia para o aeroporto internacional de Guarulhos. O governo estadual informou que as equipes acolheram 51 famílias no Instituto Oscar Freire, localizado próximo ao IML. Durante esses atendimentos, os familiares fornecem informações e material biológico que auxiliam o trabalho dos peritos. Até agora, foram coletados DNAs de 28 famílias em São Paulo e de outras 17 em Cascavel (PR). A Defesa Civil do estado também está envolvida no processo de acolhimento.

Além das equipes do IML, mais de 40 profissionais, incluindo médicos, especialistas em odontologia legal, antropólogos e radiologistas, estão empenhados na identificação dos corpos. A imprensa relatou que os primeiros corpos identificados foram os do piloto, Danilo Santos Romano, e do copiloto, Humberto de Campos Alencar e Silva, enquanto outras identificações continuam em andamento.

Imagens de testemunhas mostraram a aeronave em um movimento plano antes de cair verticalmente em um condomínio fechado, onde a fuselagem foi completamente destruída e consumida pelo fogo. O acidente é o mais mortal desde janeiro de 2023, quando um voo da Yeti Airlines também envolvendo um ATR 72 resultou na morte de 72 pessoas.

Foto: Montagem.

Especialistas sugerem que a formação de gelo, relatada pela Metsul na época do acidente, pode ter contribuído para a tragédia. A Força Aérea Brasileira enviou os gravadores de voo para análise em Brasília, com resultados esperados em até 30 dias.

Marcelo Moura, diretor de operações da Voepass, declarou que as previsões de gelo estavam dentro dos níveis aceitáveis para a aeronave, e a Força Aérea Brasileira observou que os pilotos não solicitaram ajuda nem relataram condições adversas. O ATR 72, fabricado pela joint venture Airbus e Leonardo SpA, tem um histórico de acidentes que resultaram em 470 mortes desde os anos 1990, conforme dados da Aviation Safety Network.

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