
Na última terça-feira (02/02), os irmãos Ekthor e Amanda Pirolla Biagi receberam a notícia que não gostariam de receber. O padrasto Robson José da Rocha, a quem eles se tinham como pai, havia sofrido um infarto fulminante. Agora, eles iniciaram uma campanha para poder enviar o corpo ao Brasil, para que a família dele possa se despedir.
Os dois irmãos estão há cinco anos nos Estados Unidos. Moram na região de Boston, após serem chamados pela mãe e por Robson, que estão casados há nove anos.
“Cada um tem a sua vida. Trabalha. E tenho um filho, uma família. Ele e a minha mãe moravam sozinhos. E era um cara super. saudável. 54 anos. Eu estava na minha casa, e minha mãe me liga desesperada. O Robson está no chão, ele caiu, não está respirando. Não sei o que eu faço. Peguei o meu carro e vim correndo. Nevou demais. Estava tudo tomado de neve ao redor. E no desespero, minha mãe não conseguia sair para pedir ajuda, porque estava tomado de neve. Ela disse que estava tomando um banho, e ele estava brincando com a cachorra no corredor, quando, ela escutou um barulho muito alto. Ela saiu correndo para ver e ele estava no chão espumando, sangrando pela boca. E ela ficou em estado de choque e me ligou. Depois ligou para o vizinho. Conseguiu pegar o telefone do meu pai, ligou para ele. Ele foi muito prestativo. Chamou a emergência e tentaram, reanimar ele”, conta o rapaz.
“Ele teve um ataque cardíaco fulminante e provavelmente já estava sem vida. Eles vieram e fizeram tudo que puderam. O resgate chegou muito rápido, mas quando chegaram, acredito que ele estava sem vida”, completa Amanda.
Robson era do Espírito Santo, onde mora a sua família. Tem uma mãe, já idosa, que ficou em choque com a notícia, e um pai que luta contra um câncer.
“Foi uma coisa inesperada. Uma pessoa ativa, forte. Levava uma vida saudável. Fica o meu apelo. Isso pode acontecer com qualquer um, a qualquer momento. Ninguém consegue acreditar, pois ele tinha vida muito saudável. Foi muito inesperado. Minha mãe está muito abalada e é muito difícil você ver a sua mãe passando por uma situação dessas, e com um sentimento de perda. Estamos buscando ajuda para enviar o corpo dele para o Brasil. Queremos levar o corpo para a família dele poder se despedir. Pelo menos a mãe dele, as irmãs possam se despedir. A mãe já queria ver ele há muito tempo, mas só de poder enviar o corpo, é o mais importante”, conta Amanda. “Essa época é muito propensa a esse tipo de problemas. Ele falou para minha mãe que já vinha sentido um formigamento no braço, na perna, então que todo mundo fique atento com isso. É difícil de acreditar, de processar essa informação. E é muito difícil. E estamos pedindo ajuda. Qualquer ajuda vai ser muito bem vinda, para que a família possa se despedir dele”, completa.
Também chamou a atenção a falta de profissionalismo e empatia de uma funerária. Chegaram a pedir 18 mil dólares pelo procedimento, enquanto que com Paul Buonfiglio, que é dono de uma funerária, e recentemente entrevistado pelo repórter investigativo Thathyanno Desa, o valor baixou para 9 mil dólares.
“Em um momento como esse, a gente não sabe a quem pedir ajuda, e sempre tem pessoas que tentam tirar vantagem da situação. Da mesma maneira que tem pessoas que se sensibilizam, como o Thathyanno, que foi muito prestativo, mas tem pessoas que querem tirar vantagem, cobrar taxas absurdas. A gente acha que pode confiar, mas tem pessoas que tiram vantagem disso. Fica esse alerta a essas pessoas que estão dentro da nossa comunidade”, diz Amanda.
Para ajudar, você pode acessar a campanha no GoFundMe clicando aqui
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