
Ex-presidente critica decisão de Moraes de suspender o X no Brasil, associando medida a regimes autoritários.
Por Gilvania Alves|GNEWSUSA
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a se posicionar firmemente contra o que considera uma escalada autoritária no Brasil, desta vez, em resposta à controversa decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, de suspender a rede social X (antigo Twitter) no país. Utilizando a plataforma Threads, da Meta, Bolsonaro fez uma crítica contundente, sugerindo que o Brasil está sendo conduzido para um caminho perigoso, semelhante ao de regimes totalitários. “Bem-vindos à Coreia do Norte”, ironizou o ex-presidente, destacando a gravidade da situação.
Bolsonaro, conhecido por sua defesa incansável da liberdade de expressão e por suas críticas ao ativismo judicial, compartilhou um vídeo gravado antes das eleições de 2022, no qual denuncia as práticas de Lula, a quem chamou de “pinguço”, e alertou sobre um “rastro de ataques” contra o país. No vídeo, Bolsonaro reafirma que o governo de Lula não teria sucesso, lembrando que ele já havia alertado sobre os perigos que o Brasil enfrentaria.
A suspensão do X foi uma resposta direta de Moraes ao suposto descumprimento de uma ordem judicial por parte de Elon Musk, proprietário da plataforma. Moraes exigia a nomeação de um representante legal no Brasil, o que foi recusado por Musk, levando à suspensão do serviço. Essa decisão coloca o Brasil ao lado de países como China, Irã e Rússia, conhecidos por censurarem a liberdade de expressão na internet.
O impacto dessa medida foi sentido principalmente entre os apoiadores de Bolsonaro, que veem na decisão de Moraes uma clara tentativa de silenciar vozes críticas e sufocar a liberdade de expressão. Moraes também impôs uma multa diária de R$ 50.000 para qualquer usuário que tentar burlar o bloqueio com o uso de VPNs, o que foi amplamente criticado como mais uma medida repressiva.
Elon Musk, que tem se mostrado um aliado na defesa da liberdade digital, recentemente fechou o escritório do X no Brasil e demitiu todos os funcionários locais, afirmando que a plataforma continuaria disponível aos brasileiros. Esse gesto foi visto como uma demonstração de resistência contra o que muitos consideram um abuso de poder por parte do Judiciário brasileiro.
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