Cinco execuções de presidiários foram agendadas para o período de apenas sete dias; número chama atenção por ser o maior desde o ano de 2003
Por Tatiane Martinelli | GNEWSUSA
Os Estados Unidos estão enfrentando uma onda de execuções programadas, com cinco delas agendadas para ocorrer em um intervalo de apenas sete dias. Esse número é alarmante, pois representa a maior quantidade de execuções em um período tão curto nos últimos 20 anos.
Conforme reportagens, a primeira execução ocorreu na sexta-feira, dia 20, na Carolina do Sul. Freddie Owens foi condenado à morte por assassinar um balconista em 1997.
Essa execução marcou um momento significativo, pois foi a primeira realizada no estado em 13 anos. A Carolina do Sul enfrentou uma escassez de drogas letais, o que levou as autoridades a mudarem seu protocolo de execução. Em vez de usar a combinação tradicional de três drogas, agora o estado optou por um único sedativo: o pentobarbital.
Na terça-feira, dia 24, duas execuções foram realizadas. A primeira foi no Texas, onde Travis Mullis foi executado. Ele havia sido condenado por matar seu filho de apenas três meses em 2008 e tinha um histórico extenso de problemas mentais. Mullis renunciou repetidamente ao direito de contestar sua sentença.
A segunda execução do dia aconteceu no Missouri, onde Marcellus Williams recebeu injeção letal por ter esfaqueado uma mulher em 1998. Seus advogados alegaram que houve falhas durante o julgamento e que Williams era inocente, mas tanto a Suprema Corte estadual quanto o governador Mike Parson negaram os pedidos de clemência.
O cenário se intensifica ainda mais com a próxima execução programada para quinta-feira, dia 26, no Alabama. Alan Miller deve ser executado utilizando gás nitrogênio, marcando a primeira vez que esse método será empregado no estado. Miller foi condenado à morte pelos assassinatos de três homens durante um tiroteio no trabalho em 1999.
No mesmo dia, Oklahoma também planeja executar Emmanuel Littlejohn, que foi condenado por seu papel em um assalto que resultou na morte de um lojista em 1992. Embora Littlejohn tenha admitido seu envolvimento no crime, ele nega ter disparado o tiro fatal. O Conselho de Perdão e Liberdade Condicional recomendou clemência para ele, mas o governador Kevin Stitt ainda não tomou uma decisão sobre o caso.
Esses eventos destacam não apenas a controvérsia em torno da pena de morte nos Estados Unidos, mas também as diferentes abordagens e desafios que os estados enfrentam ao aplicar essa punição extrema.
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